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Wilson Machado questiona qualidade e fiscalização do transporte público

Sandro Caprino recebeu pessoalmente o empresário Wilson Machado, que protocolou os questionamentos sobre os serviços da Passaredo em Paulínia
Sandro Caprino recebeu pessoalmente o empresário Wilson Machado, que protocolou os questionamentos sobre os serviços da Passaredo em Paulínia

Empresário protocolou no gabinete do presidente da Câmara Municipal, Sandro Caprino, um pedido de informações e a fiscalização do serviço prestado pela empresa Passaredo

O empresário Wilson Machado, como cidadão, apresentou no gabinete do presidente da Câmara Municipal, um pedido de informações a respeito das condições do transporte público realizado pela empresa Viação Passaredo em Paulínia. O requerimento foi protocolado na tarde de quarta-feira, 29 de abril, e inclui também um pedido de fiscalização sobre a qualidade dos serviços e, principalmente, sobre o repasse mensal que a Prefeitura paga à empresa pelo subsidio das passagens.

Além disso, Wilson Machado sugere ao poder público a criação de um cartão eletrônico, nos moldes dos que já são usados nos ônibus, para acompanhar com mais eficiência a quantidade de usuários, uma vez que a municipalidade subsidia sobre o valor das passagens (R$ 1,70) de segunda a sábado e seu valor integral (R$ 2,70) aos domingos. O usuário paga apenas R$ 1 na catraca nos dias da semana.

O presidente da Câmara, Sandro Caprino (PRB), recebeu pessoalmente o empresário Wilson Machado em seu gabinete e fez questão de garantir respostas ao questionamento. “O papel do vereador é fiscalizar, cobrar, aprovar projetos e acompanhar. Então, vou fazer o meu papel de apresentar um requerimento na próxima sessão com as dúvidas do Wilson, tornando o questionamento um documento oficial, e em seguida, buscar soluções junto à empresa”, disse.

Sandro Caprino completou dizendo que sua intenção é marcar uma reunião com os responsáveis da empresa Passaredo para obter as respostas. “De maneira legal e positiva, queremos tirar todas as dúvidas para melhorar o transporte para a população, porque nós recebemos também muita reclamação de logística das linhas, sobre os horários e ônibus lotados”, comenta.

Essas questões fazem parte dos questionamentos apresentados por Wilson Machado. “Entre as reclamações constantes que venho recebendo da população está o apontamento de que usar os ônibus da Viação Passaredo está ficando cada vez mais insuportável. As reclamações vão desde a alta velocidade impressa pelos motoristas em nossas vias públicas até a necessidade de criar uma logística que interligue os pontos da cidade. As pessoas me questionam, por exemplo, por qual motivo algumas linhas são mais longas no final de semana e mais curtas durante a semana, justo nos dias em que precisam trabalhar e acabam sendo obrigadas a pegar pelo menos duas conduções superlotadas. Percebi que não há uma fiscalização dessa logística, que no meu ponto de vista, prioriza o lucro da empresa e não a qualidade do serviço prestado à população”, observa o empresário.

Prefeitura deveria criar um cartão

para fiscalizar o repasse mensal

Como parte da passagem é subsidiada pela Prefeitura, o protocolo de Wilson Machado apresentado à Câmara pede uma prestação de contas do valor mensal repassado à empresa Passaredo por parte da Administração, uma fiscalização mais eficiente e criação de um cartão eletrônico, como os já usados por trabalhadores e estudantes, para a passagem subsidiada.

“O serviço precisa continuar, mas, precisa ser bom e o valor pago deve ser justo. Hoje, não existe uma fiscalização para medir a quantidade de passageiros, nem o trajeto feito pelos ônibus e muito menos a qualidade do serviço. Por isso, questiono: se a quantidade de usuários aumentou devido ao incentivo da Prefeitura, a quantidade de ônibus também aumentou? Porque numa cidade com o tamanho de Paulínia é preciso no mínimo duas linhas para ir de um ponto a outro? As idas e vindas dos bairros João Aranha e Cooperlotes seriam só um exemplo, bem como Parque da Represa e Serra Azul, só para citar. Porque as linhas para os bairros que a gente sabe que são mais populosos (Cooperlotes, João Aranha, Monte Alegre de I a IV) não têm mais ônibus e mais horários para melhorar a vida da população na hora de ir para o trabalho e voltar para casa?”, questiona.

O presidente da Câmara, Sandro Caprino, disse que espera respostas da empresa uma vez que há recursos públicos envolvendo os questionamentos de Wilson Machado. “Nós só precisamos ter clareza em tudo e garantir que melhorem os serviços para a população, – que mesmo não pagando o valor integral da passagem na catraca, paga por meio do repasse feito com o dinheiro público. Se tudo estiver acontecendo certo, precisamos conversar sobre como resolver os apontamentos negativos dos passageiros”, disse.