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Butantan inicia nova etapa de testes da 1ª vacina brasileira para a dengue

Nesta última etapa da pesquisa, os estudos visam comprovar a eficácia da vacina contra a Dengue
Nesta última etapa da pesquisa, os estudos visam comprovar a eficácia da vacina contra a Dengue

A vacina, desenvolvida em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, é produzida com vírus vivos, mas geneticamente atenuados

O Butantan iniciou nesta semana os testes em humanos na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo da primeira vacina brasileira para a dengue, desenvolvida pelo Instituto, que é um dos maiores centros de pesquisa biomédica do mundo.
Cerca de 1,2 mil pessoas de 18 a 59 anos participam do estudo que integra a terceira e última etapa de testes antes de a vacina ser submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que possa ser produzida em larga escala pelo Butantan e disponibilizada para campanhas de imunização em massa na rede pública de saúde em todo o Brasil.
A vacina, desenvolvida em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), é produzida com vírus vivos, mas geneticamente atenuados, isto é, enfraquecidos. “Com os vírus vivos, a resposta imunológica tende a ser mais forte, mas, como estão enfraquecidos, eles não têm potencial para provocar a doença. A vacina deve proteger contra os quatro sorotipos da dengue com uma única dose”, explica o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil.
Nesta última etapa da pesquisa, os estudos visam comprovar a eficácia da vacina. Do total de voluntários, 2/3 receberão a vacina e 1/3 receberá placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito. Nem a equipe médica nem o participante saberão quais voluntários receberam a vacina e quais receberam o placebo. O objetivo é descobrir, mais à frente, a partir de exames coletados dos voluntários, se quem tomou a vacina ficou protegido e quem tomou o placebo contraiu a doença.
Os dados disponíveis até agora das duas primeiras fases indicam que a vacina é segura, que induz o organismo a produzir anticorpos de maneira equilibrada contra os quatro vírus da dengue e que é potencialmente eficaz.

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