A proteção dos direitos de crianças e adolescentes exige uma articulação eficaz entre diversos órgãos e instituições. A rede de proteção deve incluir escolas, conselhos tutelares, serviços de saúde, assistência social, segurança pública e o sistema judiciário. Quando esses setores atuam de forma integrada, a capacidade de identificar, prevenir e responder a situações de violação de direitos se fortalece significativamente.
No entanto, uma rede fragilizada pode deixar lacunas perigosas na proteção de nossas crianças e adolescentes. A falta de comunicação e cooperação entre os órgãos pode resultar em uma resposta tardia ou inadequada a casos de abuso, negligência ou exploração. Por exemplo, se a escola não comunica sinais de maus-tratos ao conselho tutelar, e este, por sua vez, não consegue acionar os serviços de saúde e assistência social, a criança ou adolescente permanece em situação de vulnerabilidade.
Além disso, a fragmentação dos serviços pode dificultar o acompanhamento contínuo dos casos. Uma intervenção isolada, sem o apoio de uma rede integrada, pode não ser suficiente para garantir a segurança e o desenvolvimento saudável doa criança ou adolescente A assistência social pode oferecer suporte psicológico, enquanto a escola garante um ambiente seguro e acolhedor, e o sistema judiciário assegura que os direitos sejam efetivamente protegidos.
É muito importante que haja uma comunicação constante e clara entre todos os atores envolvidos na proteção dos direitos de crianças e adolescentes. Treinamentos conjuntos, protocolos de atendimento e sistemas de informação compartilhados são algumas das estratégias que podem fortalecer essa rede. A cooperação entre os diferentes setores garante uma resposta mais rápida e eficaz, promovendo o bem-estar e a segurança.
Uma rede de proteção organizada não apenas responde a violações de direitos, mas também atua preventivamente. A educação, a saúde e a assistência social devem trabalhar em conjunto para identificar e mitigar riscos antes que se tornem graves. Somente com uma articulação bem estruturada é possível assegurar que cada criança e adolescente tenha seus direitos respeitados e protegidos.
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André Luís de Oliveira
Pai da Giulia, Coordenador do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos no Paulínia Racing e Conselheiro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
@profandreoliveira