Os agentes penitenciários do Estado de São Paulo entraram em greve por tempo indeterminado na segunda-feira (20 de julho), segundo a diretoria do Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária). A categoria reivindica reajuste de 35% sobre os salários, mais segurança para os trabalhadores e luta contra o descumprimento do acordo de punição de 32 agentes que participaram da greve do ano passado.
Segundo um dos diretores do Sindasp, Carlos Rufino, há dois finais de semana as visitas no Complexo Penitenciário Campinas/Hortolândia estão suspensas porque os trabalhadores estão revoltados com a falta de segurança. Em menos de 10 dias, dois agentes penitenciários foram baleados em Campinas, sendo que um deles foi morto a tiros no entroncamento da rodovia Anhanguera com a Dom Pedro na quinta-feira (16).
“Não podemos mais tolerar esses ataques. A nossa greve também vai cobrar uma posição do Estado porque soubemos que 32 agentes que participaram de uma greve no ano passado serão mandados embora e o acordo era que eles não fossem punidos porque a greve é um direito nosso”, argumenta Rufino.
A assessoria de imprensa do Governo do Estado disse que a secretaria não tem posicionamento definido sobre a greve e os pedidos dos agentes. Disse ainda que só comentará os assuntos no decorrer desta semana.