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Alta demanda do HMP é reflexo de aumento das doenças respiratórias e atendimento de pacientes de outras cidades, diz secretário de Saúde

Em entrevista ao Jornal Tribuna, o Dr. Fábio Alves, falou sobre o problema que atinge hospitais municipais e particulares
Os Hospitais Públicos e Particulares em geral têm enfrentado superlotação, principalmente nos últimos meses. A situação não é diferente no Hospital Municipal de Paulínia (HMP). Os pacientes reclamam da superlotação da unidade.
Para entender a real situação do HMP, o Jornal Tribuna, entrevistou o secretário de Saúde de Paulínia, Dr. Fábio Alves. Segundo ele, os atendimentos no Pronto Socorro Adulto saltaram de 6067 em janeiro para 10.606 em maio. Já no Pronto Socorro Infantil o número passou de 4227 para 5.598. O aumento das doenças respiratórias e o atendimento de pacientes de outras cidades contribuem para a sobrecarga do hospital.


Jornal Tribuna: Qual a avaliação que a Secretaria de Saúde tem das demandas de Porta de Urgência é emergência no município?
A Gestão Municipal tem avaliado as várias entradas do Sistema de Saúde, ou seja, PSAdulto, PSInfantil e nos Serviços das UBS’S. O ano começa com o Surto de Gripe, avança com os casos de Dengue e enfrenta agora outra repercussão da sazonalidade do início de baixas temperaturas.
Alguns dados refletem essa situação. Vejamos:
Os dados das UBS, primeiramente, demonstram a necessidade de uma porta aberta de baixa complexidade para esse quadrimestre, conforme apresentado na Prestação de contas.
Nunca havíamos experimentado essa demanda no qual reflete justamente atendimento para a Síndrome Gripal e Dengue. Conseguimos “atrair” a população com o Teste de Covid-19 PCR e Teste Rápido da Dengue.
Observação aumento sustentado de demanda no respectivos de ano de 2022. Identificamos um aumento de duplicar a demanda de fevereiro para abril.
O que é muito interessante é o aumento da complexidade na classificação de gravidade para os adultos. Então, a abertura das UBS resultou com em de casos de maior complexidade no HMP


Jornal Tribuna: Dr Fabio Alves, o HMP tem a mesma dinâmica de demandas?
O gráfico da demanda no HMP é muito expressivo.
Essa demanda com maior quantitativo e maior complexidade exige muito esforço, maior apoio diagnóstico e resolutividade da equipe de profissionais na porta
Há que se considerar que somos um Hospital com muita capacidade resolutiva com setor de imagem com RX e Tomografia, além do Laboratório 24 hs. A estrutura e a gripe do SUS Paulínia é fator de atração da população também. Os gráficos apontam a clara demanda no PSADULTO e PSINFANTIL
Jornal Tribuna: Está mencionado a questão da procura de pacientes de outros municípios? Qual a sua avaliação? A Secretaria tem dados concretos para isso?
Esse tema tem sido tratado com monitoramento permanente. Observa-se que a porta aberta constitui um percentual próximo de 30% nos PS’s do HMP. Por outro lado, há uma porcentagem de 20% de pacientes externos nos setores de internação
Os números apontam o percentual de 20% de pacientes internados de outros municipais, com Sumaré, Campinas e Cosmópolis fazendo parte mais expressiva dessa ocupação nas enfermarias O SUS Paulínia foi o primeiro município a abrir a UR e o último a fechar.
Iniciamos um monitoramento mais detalhado a partir de janeiro de 2022 quando se observa diminuição de casos, internações e óbitos por Covid-19.

Há questões apresentadas pela População e Profissionais de Saúde sobre os casos COVID na ala da Unidade Respiratória (UR). Como o Secretário de Saúde avalia?
Essa avaliação, em paralelo com o aumento de demanda do PS, no próprio HMP suscitou e abriu todas as perspectivas de fortalecer o corpo de profissionais no PSADULTO principalmente.
De janeiro a abril, houve um diminuto muito consistente a cada mês.
Jornal Tribuna: Nas suas considerações sobre a complexidade, está mencionado a complexidade. Há números que comprovem essas categorias?
Está claro essa mudança de perfil e as consequências para maior espera também pela complexidade de medicação, aguardar exames, mais observação, mais demandas de processar o cuidado de internação, ou seja, um cuidado mais investigativo e terapêutico
Jornal Tribuna: Quais as principais medidas foram tomadas diante de todo esse contexto?
A Secretaria em articulação com o HMP definiu um pacote de medidas e intervenções.
Melhorias realizadas em Pronto Socorro Adulto (PSA) e Pronto Socorro
Infantil (PSI) em 2022, com o aumento da demanda.
1) PSA – de três para quatro médicos atendendo;
2) PSI – de três para quatro Médicos atendendo no período diurno, conforme
consegue especialista para cobertura;
3) PSA – de um para dois Enfermeiros fazendo classificação de risco.
4) PSI – Triagem no PSI, conforme demanda;
5) PSA – de três para quatro Técnicos em Enfermagem na medicação;
6) Melhorias na hotelaria:
a) Colocado poltronas na sala de medicação;
b) Criação da sala para Hidratação com poltronas novas;
c) Trocou todas as camas da observação por camas novas;
d) sala de apoio da emergência com nova configuração com equipamentos
e camas novas, devido ao aumento da complexidade;
e) Sala vermelha com camas novas;
f) Sala para coleta de exame (PCR);
g) Criação da sala exclusiva para prescrição médica;
h) Sala de inalação no PSI;
7) Sala vermelha: Atualização do parque tecnológico – ventiladores
multiparamêtros, ECG;
8) Duas Fluxistas que são Técnicas em Enfermagem para colaborar e agilizar as
necessidades dos pacientes dentro do fluxo do PS.
9) Segurança do PSI;
10)Agente de apoio da Guarda Patrimonial para colaborar com informações
necessárias a pacientes e acompanhantes na recepção do PSA;
11)Posso ajudar na recepção do PSA;
12) Novos critérios do Núcleo Interno de Regulação para agilidade e rotatividade de leitos de internação com maior apoio para o PSA;
13) Manutenção do Anexo da UBS São José como Porta aberta de Pronta Atendimento das 07 às 17 horas.