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Alunos do Cemep têm aulas em instalações improvisadas

A transferência do Cemep (Centro Municipal de Ensino Profissionalizante de Paulínia) para as dependências da Universidade São Marcos, instalada em prédio público abaixo das arquibancadas no Sambódromo do complexo Brasil 500, tem gerado muitos problemas para os 240 alunos como: carteiras e cadeiras jogadas, livros em locais desprotegidos da chuva, por causa do telhado que está quebrado, salas reduzidas e ainda uma Quadra de Esportes improvisada no asfalto (faixas foram pintadas no asfalto demarcando uma quadra).

O Cemep possui um currículo invejável, pois, em 2008, obteve a terceira maior média total no ranking do Enem entre as escolas da cidade de Paulínia, com a nota de 54,83. Também obteve boa colocação na Olimpíada de Algoritmos, ficando em 9º lugar na classificação geral entre um total de 74 escolas, mas agora o futuro da instituição está incerto.
A escola funcionava há mais de 20 anos no bairro Vila Bressani, e teve seu prédio cedido para ensino fundamental de 1 ao 5 ano e os alunos do Cemep foram surpreendidos aos serem transferidos para as instalações improvisadas onde também funciona a Universidade São Marcos.
Segundo um dos alunos dos Cemep, J. W, 17 anos, em nenhum momento os estudantes receberam um comunicado dizendo que eles iriam ser transferidos para outro local.

“ Ninguém nos avisou da mudança e apenas esse ano é que fomos direcionados para o prédio que hoje está a São Marcos, inclusive nossas aulas iniciaram no dia 16 de fevereiro com uma semana de atraso em relação as outras escolas municipais”.

O estudante vai além em suas críticas em relação ao que está acontecendo hoje no prédio da São Marcos. “ Não temos liberdade para nos locomover, pois há locais onde não podemos circular, e escadas que não podemos utilizar, além disso também não temos áreas de lazer, pois a orientação é para que fiquemos dentro do prédio no intervalo porque é perigoso transitar, inclusive onde eles pintaram a quadra, porque ali passam carros em alta velocidade colocando em risco a vida dos alunos”.

O aluno acrescenta que o horário de almoço era de 1h10 e passou agora para apenas 15 minutos, porque o refeitório não comporta todos os estudantes de uma só vez, então eles foram divididos em turmas que se revezam. “Dá a impressão que estão nos usando para pressionar o pessoal da São Marcos a sair do local”.

Um outro problema mais agravante relatado pelo aluno é que os funcionários da São Marcos fumam dentro do prédio. “Ficamos nas salas superiores e eles fumam embaixo então a fumaça sobe deixando o ar bem carregado e claro que prejudicando a nossa saúde”.

Os equipamentos e acessórios estão espalhados pelo local, deixando a escola inadequada para os professores ministrarem aulas aos alunos.
Para o vereador Custódio Campos (PT)  a falta de investimentos em construção de escolas e má gestão dos recursos contribuíram para que este cenário fosse criado. Vale lembrar que a dotação orçamentária para Educação em 2011 está na ordem de R$ 216.728.130,00, verba que supera orçamentos de alguns municípios do país.

Apesar do Secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura Municipal, Leonardo Ballone, tentar minimizar o problema durante a sessão da Câmara na terça-feira, 15, dizendo todas essas reclamações por parte dos parlamentares não fazem nenhum sentido. As fotos registradas pelos vereadores Simeia Zanon (PSDC) e Custódio Campos (PT) comprovam o descaso do governo municipal.
Para pesar do o constante de de críts aulas.r o transtorno durante as aulas ministradas no localo problePara Simeia as reclamações dos alunos são verdadeiras e as “desculpas” da administração, infundadas. “Muitos estudantes me disseram que não estão satisfeitos com o que está acontecendo com o Cemep”. Fiz uma visita ao local e constatei o descaso por parte das Administração Municipal e a reitoria da Universidade São Marcos, com nossos alunos”.

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