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BR Foods tem prejuízo de 137 milhões em 2013

Antecipando uma situação de risco deixada pela antiga gestão, a nova diretoria conseguiu resgatar R$ 7.881.900,80 aplicados no Fundo Arcadia da NSG
Antecipando uma situação de risco deixada pela antiga gestão, a nova diretoria conseguiu resgatar R$ 7.881.900,80 aplicados no Fundo Arcadia da NSG

Nesse Grupo a gestão de Esdras Pavan na Pauliprev, aplicou 30 milhões e mais 10 milhões através dos fundos NSG Varejo e Arcadia, ambos da NSG Capital

De acordo com a matéria veiculada pelo jornal “O Globo”, no dia 20 de fevereiro de 2014 a Brasil Foodservices Group (BFG), controladora dos restaurantes Porcão e Porcão Goumert  já possui um prejuízo acumulado de R$ 137,2 milhões de janeiro a setembro de 2013 e ainda conta com mais de 30 processos cíveis. Nesse cenário, a BFG pode perder a marca Porcão, penhorada pela Justiça para o pagamento de uma dívida de R$ 5 milhões com a Prince Comércio e Serviços Ltda, relativa a um contrato de locação no shopping Cittá América, a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Antecipando uma situação de risco deixada pela antiga gestão da Pauliprev, no dia 8 de outubro de 2013, a nova diretoria conseguiu resgatar R$ 7.881.900,80 aplicados no Fundo Arcadia da NSG.
A aplicação inicial do Arcadia, realizada pela gestão passada já estava desenquadrada conforme resolução 3922/10 ficando superior a 25% do Patrimônio Líquido do Instituto.
A nova diretoria solicitou o resgate antes da convocação de Assembleia do Arcadia, que tinha como objetivo a cisão dos ativos do Fundo. Na prática, a cisão depois de efetivada iria dificultar qualquer tipo de resgate, pela característica do fundo de longo prazo, por isso o Conselho da Pauliprev decidiu resgatar o dinheiro, o que salvou parte do aplicado, mas mesmo assim gerou prejuízo de mais de R$ 3.377.957,49 para o instituto.
A aplicação de 30 milhões feita no fundo NSG Varejo não pode ser sacada. Hoje, 98,3% do patrimônio líquido do Fundo NSG Varejo é composto por papéis emitidos pela BR Foods, conforme consta na matéria do Globo.
A cisão acabou acontecendo conforme previa a atual gestão e se o saque não tivesse sido efetuado, hoje não poderia mais ser realizado e o prejuízo seria total. No fundo NSG Varejo também houve a cisão e consequentemente o desenquadramento, mas neste fundo não foi possível sacar nenhum valor até o momento.

PauliprevDívidas trabalhistas até 2016
O BFG registra ainda R$ 32 milhões em dívidas por acordos trabalhistas relativos a horas extras, feriados e outros benefícios não pagos, bem como integração das gorjetas aos salários. A previsão do grupo é que estes pagamentos sejam feitos a partir deste ano até meados de 2016. As informações repassadas à CVM mostram um lote de 112 ações trabalhistas que deverão custar R$ 17,4 milhões ao longo de 2014; outros 316 processos resultarão em mais R$ 15,4 milhões entre o fim deste ano e meados de 2016. A empresa informou ao regulador do mercado financeiro que “grande parte dos processos trabalhistas, já estavam em curso ou referem-se ao período anterior a aquisição do negócio” e que tem investido para “mitigar as questões trabalhistas que se acumularam ao longo do período de operação comercial dos estabelecimentos”.

Atual diretoria da Pauliprev
A atual diretoria da Pauliprev, assim que assumiu a gestão do Instituto, enviou denúncia a Policia Civil, Polícia Federal, Ministério da Previdência e Tribunal de Contas com relação a estas duas aplicações e segundo seu presidente a Diretoria poderá processar os antigos gestores pelo prejuízo já realizado e pelos possíveis prejuízos que ainda irão acontecer, fruto destas duas aplicações suspeitas. A diretoria aguarda resultado da auditoria feita pela empresa PricewaterhouseCoopers para levar o assunto para deliberação do Conselho.

 

Confira a matéria completa no link: http://oglobo.globo.com/economia/dono-da-churrascaria-porcao-enfrenta-38-processos-pode-perder-direito-marca-11661107