Instituto busca conscientizar população sobre a doença
Uma campanha de combate às Hepatites foi lançada na última semana pelo Pauliprev. O objetivo do instituto é conscientizar a população sobre os riscos, sintomas e tratamentos sobre a doença.
A campanha foi batizada de “Julho Amarelo”, e será realizada junto aos servidores e público que se dirige à autarquia.
De acordo com a própria autarquia, a ideia é buscar o fortalecimento das ações e conscientização da população sobre as hepatites virais, com o foco na prevenção e controle da doença.
Um painel temático foi instalado na recepção do instituto. Além disso, o público pode acessar o site da autarquia e obter informações sobre a campanha. Um vídeo alertando para os riscos da doença também foi produzido.
“Nossa preocupação é mostrar para a população que a prevenção é a melhor maneira de afastar o risco da doença”, revela Marcos André Breda, Presidente da Pauliprev.
A doença pode ser causada pelo uso de alguns medicamentos, abuso de álcool e outras drogas, também por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas. Nem sempre apresenta sintomas, dificultando o diagnóstico. Por isso, muita atenção para a ocorrência de cansaço injustificado, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, pois é uma infecção que atinge o fígado, causando alterações, muitas vezes de forma silenciosa, ou seja, sem sintomas.
Existem cinco tipos de Hepatite. No Brasil, as mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Também existem ainda os vírus D e E. O vírus D tem maior prevalência na região Norte do Brasil, o vírus E tem menor incidência no Brasil sendo mais comum na Ásia e África.
A prevenção é o melhor caminho para se evitar a hepatite, geralmente as infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C se tornam crônicas. O perigo é que grande parte das pessoas que tem a hepatite não sabe, pelo fato de não apresentar sintomas da doença. Desta forma a doença evolui sem o devido diagnóstico e tratamento.
Com maior gravidade, o avanço da doença é preocupante, pois ao longo dos anos o fígado vai sendo atacado pelo vírus podendo ocasionar a fibrose avançada ou cirrose, o que pode levar ao desenvolvimento do câncer.
Aproximadamente 1,4 milhão de pessoas morrem anualmente no mundo em decorrência da infecção, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associadas às hepatites. A taxa de mortalidade da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada às do HIV e tuberculose.
Atualmente existem testes rápidos que são disponibilizados pela rede pública para toda população. O objetivo é que todas as pessoas sejam testadas no mínimo uma vez na vida. O Ministério da Saúde preconiza a importância da vacinação, disponibilizando na rede pública as vacinas para hepatite A e B. Quem recebe a vacina tipo B já se protege contra a D; a hepatite C não dispõe de uma vacina que confira proteção, porém há medicamentos que permitem sua cura.