A palavra “ordinário” nos remete ao que é comum, casual, mediano, o que nos leva a rotular qualquer criança ou adolescente que não se encaixe nesse padrão como problemática ou diferente. Gosto de chamar todas as crianças e adloescentes que não se encaixam nos padrões como crianças “extraordinárias”.
As crianças extraordinárias, aquelas que se destacam por serem únicas, fora do comum, muitas vezes são mal interpretadas e subvalorizadas em nossa sociedade, devido ao nosso hábito de considerar o “ordinário” como o modelo a ser seguido. Desde cedo, somos ensinados a seguir normas predefinidas de desenvolvimento infantil, o que cria uma visão estreita do que é considerado “normal”. Crianças extraordinárias, independentemente de suas habilidades, características ou interesses únicos, muitas vezes se veem marginalizadas e incompreendidas. Isso resulta em exclusão social e, às vezes, em preconceito.
Nossa tendência de rejeitar aqueles que não se encaixam nos padrões estabelecidos desperdiça talentos valiosos que poderiam enriquecer nossa sociedade.
As crianças extraordinárias enfrentam exclusão de diversas maneiras. Na escola, na igreja, nos esportes, ou na sociedade em geral, podem ser estigmatizadas como “diferentes” e enfrentar discriminação de colegas e até mesmo de adultos . Isso as leva a se sentirem isoladas e incompreendidas, o que pode resultar em problemas emocionais e sociais.
Para mudar nossa perspectiva sobre crianças extraordinárias, é essencial reconhecer que a diversidade é uma riqueza, não uma ameaça. Devemos valorizar e apoiar o desenvolvimento de talentos, interesses e características únicas em todas as crianças, independentemente de se encaixarem ou não nos padrões convencionais.
A inclusão desempenha um papel fundamental nesse processo. Devemos criar ambientes onde todas as crianças se sintam aceitas e encorajadas a explorar seus interesses e talentos, independentemente de quão convencionais ou não convencionais eles possam ser. Também é importante que pais, educadores e a sociedade em geral promovam a empatia, a compreensão e a aceitação da diversidade em todas as suas formas.
Todas as crianças são extraordinárias à sua maneira, e é hora de abraçar essa diversidade como um algo para nossa sociedade. Devemos criar um mundo onde todas as crianças e adolescentes tenham a oportunidade de brilhar e contribuir de maneira única, independentemente de se encaixarem ou não em padrões predefinidos.
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André Luís de Oliveira
Pai da Giulia, Coordenador do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos no Paulínia Racing e conselheiro afastado do CMDCA
@profandreoliveira