
Uma das unidades da Refinaria de Paulínia (Replan) passou por parada não programada na última semana, forçando a Petrobras a acionar o sistema de segurança e aumentar o nível do flare, a tocha que fica constantemente acesa nas chaminés de petrolíferas. Desde então, a altura das chamas aumentou consideravelmente, assustando moradores da cidade e até de Campinas.
No período da noite, por exemplo, tem sido possível observar os clarões vindos de Paulínia da região do Jardim Santa Genebra e do Parque Taquaral, distantes 20km da refinaria. Nas redes sociais, internautas falam em incêndio e explosões na Replan, mas a Petrobras assegura que tudo está sob controle.
“Esse é um procedimento de segurança realizado automaticamente e não traz nenhum risco às comunidades do entorno. A Petrobras está tomando todas as providências para que a unidade volte a operar novamente. Durante este procedimento, ainda poderá ocorrer alteração na altura das chamas. Os órgãos fiscalizadores já foram notificados”, informa a empresa, por meio de nota repassada à imprensa.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) ressaltou que foi notificada na última quinta-feira sobre o caso e que está monitorando a situação. Segundo a companhia, não foram constatados problemas ou emissão de poluentes de risco à população no local.
Em março, a Replan já foi o assunto da cidade de Paulínia por outro motivo. A população denunciou um forte cheiro perceptível em vários bairros residenciais, o que desencadeou uma intensa investigação por parte da Prefeitura, até que foi constatado que o odor teve como origem a Unidade de Tratamento de Despejos Industriais da Replan. Como consequência, a Cetesb multou a refinaria em R$ 198,9 mil pela emissão de substâncias poluentes na atmosfera.