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Coluna Politicando: NÃO PODE CAIR NO ESQUECIMENTO

NÃO PODE CAIR NO ESQUECIMENTO
Já existe um movimento na cidade para que não se fale mais sobre o suposto superfaturamento milionário no contrato emergencial da Prefeitura de Paulínia para compra da merenda escolar. Mas, não podemos deixar o assunto cair no esquecimento, até porque – com exceção dos vereadores Kiko Meschiatti e Tiguila Paes -, a Câmara não aceitou fiscalizar a denúncia e não temos uma previsão de quando teremos uma resposta conclusiva sobreo assunto. E é muito dinheiro público – R$ 13 milhões – para deixarmos pra lá!

entenda o caso DA MERENDA!
Nesta edição, o Jornal Tribuna traz um especial ‘Entenda o Caso’ para detalhar bem a denúncia de suposto superfaturamento. E, assim, esperamos que fique mais claro para a população participar do processo e mantenha a cobrança em pauta por quanto tempo for necessário. Como vocês podem acompanhar no quadro, o processo de compra da merenda já começa errado. Se o ex-prefeito Pavan já havia deixado os empenhos para os processos licitatórios para compra imediata da merenda, porque Dixon resolveu cancelar tudo? E mais, se havia alimento para a merenda guardado na Prefeitura, porque resolveu fazer um contrato de emergência de seis meses no valor abusivo de R$ 13 milhões? Não faz sentido!

APENAS UMA SITUAÇÃO À PARTE
Pra vocês terem ideia de como tudo é estranho, a empresa contratada ‘comprou’ alimentos que estavam no estoque municipal e o que consta é que o único alimento em falta era a carne. Agora, se havia merendeiros e comida, porque a pressa de contratar uma empresa em situação emergencial, ainda mais nesse valor? Era só seguir com a licitatação! Dixon até poderia ter comprado a carne emergencialmente, mas, não havia necessidade alguma de revogar tudo. Não parece a você também que a ‘situação emergencial’ foi criada?

ORQUESTRA DETALHADA
Mais um detalhe que não pode ficar de fora dessa situação ‘supostamente criada para a possível finalidade de superfaturamento’: os merendeiros, em sua maioria, agora estão em ‘desvio de função’, atendendo em outros setores. Veja só: havia funcionários e comida e de dezembro pra janeiro, não tinha mais. Que coisa, não?! Fora que se fizermos as contas, assim, de cabeça mesmo, R$ 13 milhões em seis meses dá pra alimentar a cidade de Paulínia à base de picanha!

APELANDO À JUSTIÇA
A menos que seja muita, mas, muita ‘teoria’ mesmo de minha parte a arquitetura dessa compra emergencial, estamos com um crime administrativo esfregando na cara da população paulinense! E já que a Câmara Municipal abaixou a cabeça para o prefeito, apelo ao Ministério Público e à Polícia Federal que investigue essa situação e nos dê as respostas que precisamos ter: há ou não há superfaturamento na compra da merenda escolar? Porque, repito, é muito dinheiro público para simplesmente deixarmos cair no esquecimento!

VEREADORES INDUZIDOS AO ERRO
Durante a sessão da Câmara desta semana, um dos vereadores tentou justificar – de novo! – o posicionamento da maioria em não acatar a denúncia sobre o suposto superfaturamento. Ele apresentou a assinatura dos demais vereadores – com exceção do Kiko e do Tiguila – confirmando esse posicionamento de omissão. E o que eu posso concluir disso é que os novos vereadores estão sendo induzidos ao erro. A maioria foi eleita por pessoas que confiaram o voto num discurso de mudança na postura da Câmara Municipal, mas, não é nem de longe o que estamos presenciando. E isso é frustrante!

O ERRO É PERIGOSO
E porque insisto em alertar a Câmara? Porque não quero ver Paulínia prejudicada por essa indução ao erro. É muito perigoso! Está todo mundo no começo do mandato e a cidade tem muitas outras emergências para colocar em pauta. Independente de haver uma briga por poder, não podemos olhar só para as questões políticas! Ainda que o Dixon possa ser condenado pela Justiça devido a um suposto ‘Caixa 2’ em suas contas de campanha, isso é coisa para um futuro próximo, sendo que o que vale é o presente e Paulínia não pode esperar!

100 DIAS DO DESGOVERNO DE DIXON
E, para encerrar a semana, Dixon fez um balanço dos seus 100 primeiros dias como prefeito e tudo o que se pode concluir é que é um desgoverno. Ou é falta de habilidade, competência e vontade, ou pior, vontade de lucrar com a coisa pública. O prefeito só fala de dívidas e pagamentos atrasados. Mas, sobrou R$ 3 milhões pra Câmara e dinheiro pra contrato emergencial milionário… só não sobrou para pagar os alugueis dos carros da segurança nas ruas e os R$ 50 milhões que deve pra Corpus? Será que se pretende arquitetar outras contratações ermergenciais a bel prazer? A Filadelfia, empresa de limpeza, já sabemos que está batendo na porta…