Moradores alegam que a cidade está tomada por matagais e a Prefeitura não faz limpeza urbana
A confirmação que a causa da morte de um menino de cinco anos em Sumaré foi por picada de escorpião gerou revolta entre os moradores da cidade. A Secretaria de Saúde de Sumaré recebeu o laudo do Grupo de Vigilância Epidemiológico (GVE) esta semana.
A criança morava na região do Jardim Maria Antônia e foi encaminhada ao Hospital Estadual de Sumaré na noite de 15 de janeiro. Devido a complicações, o menino morreu no dia no dia seguinte. A demora do laudo, que vinha se estendendo desde o começo do ano, causou aflição entre os conhecidos da vítima pelos últimos quatro meses.
“Meu Deus, quatro meses, que absurdo. Tudo bem que nada trará o menino de volta, mas essa demora mexe na ferida da família, pra que machucá-los ainda mais desse jeito?”, comentou Cíntia Armstrong sobre o caso, via rede social.
O caso trouxe à tona as infestações de escorpião em Sumaré, que são relatadas frequentemente pelos moradores nas redes sociais.
“Sou moradora do Jardim Dulce, e já cansei de reclamar de infestação de escorpiões, mas me informaram que não podem fazer nada, fica a pergunta quem pode então?”, disse outra moradora, Lourdes Lemos, em rede social.
Em bairros como o São Judas, ou o Maria Antônia e Jardim Dulce, há muito matagal pelo bairro, próximo às residências, locais onde esses animais se proliferam e entram nas residências.
Nesses casos, a prefeitura deve ser acionada para fazer a manutenção e a limpeza do local. No entanto, o poder público não atende aos pedidos da população. No ano passado, a cidade foi a pior no índice de limpeza urbana, segundo o Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana (Islu).
“Somos largados a esses bichos peçonhentos, a Gestão Pública não enxerga esses matagais nas ruas”, comentou Rosei Salomão, do bairro Manuel de Vasconcelos, próximo ao Maria Antônia.
Em nota, a Secretaria de Sumaré lamentou a morte e se solidarizou com a família da criança. Além disso, informou que a “dedetização da cidade ocorre diariamente”, mas que os locais particulares devem ter a “dedetização preventiva em dia, para evitar acidentes como este”.