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Dixon remaneja verba da Educação e Bolsa de Estudos perde R$ 4,8 milhões

Verba para construção, reforma e ampliação de escolas de ensino fundamental que era de R$ 3 milhões e meio, também sofreu reajuste e hoje conta apenas com R$ 52 mil reais

A Prefeitura de Paulínia tem tomado medidas rigorosas para conter a crise nos cofres públicos. Dessa vez, os remanejamentos de verba chegaram à Secretaria de Educação. Alguns programas tiveram suas verbas drasticamente reduzidas, outros, completamente zeradas.
É o caso da verba destinada para construção de escolas de ensino Infantil nos bairros João Aranha, Serra Azul e Bom Retiro. Antes, o dinheiro destinado para esse fim chegava a R$ 2 milhões, agora, a quantia foi zerada. O mesmo aconteceu com a verba para construção reforma e ampliação de escolas de Ensino Médio e Profissionalizante: de R$ 2,5 milhões para R$ 0,00.
A administração do prefeito Dixon Carvalho (PP) também reduziu os valores investidos no Programa Bolsa Educação. O setor conta com R$ 4,8 milhões a menos. A segunda maior redução ocorreu na verba para construção, reforma e ampliação de escolas de ensino fundamental, que caiu de R$ 3,5 milhões para apenas R$ 52.868,16.
A construção de novas escolas de ensino fundamental e infantil nos bairros João Aranha, Serra Azul, Betel e Bom Retiro, também não sairão do papel. Dos R$ 4 milhões reservados para esse fim, restaram apenas R$ 49.100,00.
Na contramão das baixas da pasta, a verba para gastos com merenda escolar, em 2017, pulou de R$ 17,3 milhões para pouco mais de R$ 32 milhões. Ao contrário do aumento de quase R$ 15 milhões para merenda, as demais verbas da Educação reduzidas pelo atual governo municipal estavam previstas no Orçamento 2017, aprovado pela Câmara de Vereadores no ano passado.

Ajuda do vereador
Três dos programas da Educação que tiveram as verbas reduzidas pela administração Dixon Carvalho (PP) haviam sido contemplados com mais dinheiro, através de Emendas ao Orçamento 2017, de autoria do vereador Tiguila Paes (PPS). O parlamentar aumentou de R$ 1 milhão para R$ 4 milhões as dotações iniciais para construção de novas unidades de ensino fundamental e infantil nos bairros João Aranha, Serra Azul e Bom Retiro, e de R$ 500 mil para R$ 2,5 milhões a verba para construção, reforma e ampliação de escolas de ensino médio e profissionalizante.

Portal da Transparência
As informações sobre a destinação de verbas e remanejamentos dentro da pasta foram extraídas do Portal da Transparência, site oficial, atualizado e abastecido pela própria administração.
Questionado pelo site Correio Paulinense, o secretário de Educação Luciano Ramalho disse que “trata-se de uma situação momentânea e transitória, uma vez que as transferências de verbas entre as dotações, dentro dos atendimentos às prioridades e demandas das rotinas de orçamento dos órgãos internos da Administração encontra total amparo legal da Legislação”. Porém, Ramalho não respondeu ao jornalista para onde foram os valores remanejados.

Veja como ficou dividida as dotações da Secretaria de Educação
Redução de valores ultrapassa os R$ 16 milhões

Bolsa de Estudos
Antes: R$ 20.300.000,00
Depois: R$ 15.500.000,00
Redução de: R$ 4.800.000,00

Construção de Escolas de Ensino Fundamental nos Bairros João Aranha, Serra Azul e Bom Retiro
Antes: R$ 2.000.000,00
Depois: R$ 49.100,00
Redução de: R$ 1.950.900,00

Construção de Escolas de Ensino Infantil nos Bairros João Aranha, Serra Azul e Bom Retiro
Antes: R$ 2.000.000,00
Depois: R$ 0,00
Redução de: R$ 2.000.000,00

Construção Reforma e Ampliação de Escolas de Educação Infantil
Antes: R$ 2.500.000,00
Depois: R$ 1.000,000,00
Redução de: R$ 1.500.000,00

Construção Reforma e Ampliação de Escolas de Educação Fundamental
Antes: R$ 3.500.000,00
Depois: R$ 52.868,16
Redução de: R$ 3.447.131,84

Construção Reforma e Ampliação de Escolas de Ensino Médio e Profissionalizante
Antes: R$ 2.500.000,00
Depois: R$ 0,00
Redução de: R$ 2.500.000,00

 

 

Enquanto isso, escolas de Paulínia enfrentam abandono

Na terça-feira (6) Paulínia foi novamente destaque negativo em noticiários da região. Dessa vez, alunos do Centro Municipal de Ensino Profissionalizante “Osmar Passarelli Silveira” – Cemep retrataram à equipe de reportagem da EPTV o estado de abandono do colégio.
Na entrada, logo se vê uma parte do teto sem forro. O mesmo acontece no pátio da escola. Nas pias, um cartaz informa que as torneiras estão interditadas e não funcionam.
Os alunos disseram também que os banheiros estão sem portas e nas salas de aulas algumas lâmpadas estão queimadas. Além disso, é possível ver marcas de infiltração de águas nas paredes e no teto.
Os armários que os alunos guardam os materiais estão no pátio cobertos com lonas para não molhar e segundo eles, algumas salas de aulas estão fechadas. “São três salas interditadas, de nove salas no total. Então a gente tem aula no laboratório, quando na verdade deveria ser dentro da sala de aula. É meio complicado, às vezes bagunça bastante porque a gente precisa ficar trocando de sala o tempo todo, mas temos que estudar”, disse à reportagem a estudante Lavinnya Pereira.

Outra unidade que também sofre com a falta de manutenção é a Escola Nelson Aranha, do Cooperlotes. A unidade escolar, que foi inaugurada há apenas seis anos, já apresenta sérios problemas de infra-estrutura. Rachaduras de grandes proporções, pisos quebradiços, quadra sem cobertura e até uma sala da aula interditada estão deixando os pais preocupados.

“Este é o primeiro ano do meu filho aqui e não vejo a segurança que uma unidade escolar deveria oferecer ao aluno. Ele não pode correr no pátio, porque as falhas no piso podem causar ferimentos. Os professores fazem o que podem, mas o prédio precisa de manutenção com urgência”, disse a mãe de um aluno.

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