O prefeito de Paulínia, Du Cazellato, participou na última quarta-feira (3) do programa
Roda Livre, da TV Cultura. Ele foi entrevistado pelos apresentadores Eduardo Rocha e Fernando Moraes. Confira alguns trechos do programa.
Paulínia viveu uma instabilidade política enorme. Se não me engano, foram 12 trocas de prefeitos desde 2013. Você aos poucos está conseguindo recuperar a cidade e a autoestima do cidadão de Paulínia?
Du Cazellato: Exatamente. A cidade sofreu com essa alternância de poder. E foi isso mesmo: 12 prefeitos em sete anos. E graças a Deus, hoje pacificado a cidade, a gente conseguiu acomodá-la.
A cidade estava um caos. A folha de pagamento comprometia 57% do orçamento, se não me engano. Como é que estão as finanças hoje do município?
Nós estávamos com a folha de pagamento, o gasto com folha de pagamento em quase 57%. E foi um trabalho árduo. Fomos cortando as despesas, cortando os gastos lá e hoje nós estamos praticamente em 44% em 43 meses de mandato.
Eu sei que Paulínia é uma das poucas cidades na região que paga a universidade para quem é filho da cidade e para quem nasceu na cidade.
Exatamente. Quase 1000 alunos todos os anos são contemplados com esse benefício. A gente tem uma lei na cidade, os moradores da cidade têm que cumprir até alguns critérios na lei, dez anos de moradia sem interrupção. E a gente todo ano a gente beneficia 750 pessoas que queiram estudar em qualquer curso técnico e faculdade. Inclusive vai de 25% a 65% e 100% de bolsa.
Qual o segredo em tão pouco tempo você conseguir ter conseguido criar essa frente de gestão pública com todo o secretariado para colocar Paulínia de volta aos trilhos?
São várias situações. A primeira é a gente entrar sabendo que a vontade era de ver a cidade melhor. Sou nascido e criado na cidade, tenho 51 anos e meu pai 82 anos. Na cidade. Então a gente vive a cidade, a gente convive com isso. É minha maior vontade e hoje meu maior orgulho é de ser prefeito e saber que a gente conseguiu arrumar um pouco, que precisava arrumar. E isso tudo foi ajustando aí, grupo político, a questão também do secretariado. E eu procurei montar o secretariado com pessoas qualificadas, com funcionários públicos. Hoje nós temos 21 secretários, dos quais, se não a maioria, a maior parte, mais da metade são concursados, sem questionar os efetivos. Então, as pessoas que já conhecem a cidade, a dinâmica da secretaria, a pasta, sabem o que estão fazendo e acho que é isso que tem dado certo.
No ano que vem tem eleição municipal. Como o senhor quer ser lembrado nesse processo de ser prefeito da cidade de Paulínia?
A população vê o que a gente está fazendo, que está melhorando a cidade. Estamos fazendo o que a cidade precisa, o que a população necessita e vamos deixar um legado.
Paulínia já foi considerada a Hollywood brasileira, tinha um incentivo para gravação de filmes. Como é que está a atividade cultural em Paulínia?
Quando assumi, o polo de cinema estava judicializado. Tem uma ação judicial há 12 anos da empresa que lá atrás teve uma concessão. A gente vem conversando já há uns oito meses, quase um ano, com a empresa que promoveu essa ação contra a prefeitura e está chegando no finalmente. Sobre o teatro também não está operando. Eu estou elaborando uma concessão para fazer para um terceiro pegar como fiz com o shopping.
Na verdade, nós já publicamos uma licitação, mas o Tribunal de Contas suspendeu e a gente está só equalizando o que ele pediu para revelar na licitação.
E a questão da saúde?
Temos o Hospital Municipal de Paulínia. Com toda essa questão da pandemia a gente investiu muito e na época da pandemia vem investindo muito. Nós compramos equipamentos de ponta. Reformamos toda a frota de ambulância, inclusive aumentamos a frota em 15%. Já reformamos a parte de farmácia, a entrega de remédios não tinha informatização. Faz uns três meses que já estamos implantando a informatização e estamos avançando bastante.
Como é que está hoje a segurança em Paulínia?
Nós também já avançamos bastante na área de segurança. E então a gente procurou investir em meios que minimizassem e ajudassem também os guardas que estão lá no dia a dia. Nós começamos a fazer o monitoramento dos prédios públicos. E aí partimos para o monitoramento de vias públicas. Faz três meses que os equipamentos foram instalados e o índice de criminalidade já reduziu em média 30%.
O senhor está desenvolvendo em Betel uma área para receber um parque tecnológico?
A cidade tem que voltar a trazer essas empresas para investir. E a intenção era pegar um espaço que a gente tem lá em Betel, que é a área pública, e transformar ele num parque tecnológico e trazer essas empresas para investir na cidade. Montar esse parque, montar a empresa dentro desse parque tecnológico e gerar emprego, gerar renda, como eu tenho feito também. E eu, logo que assumi, já pedi para o meu secretário de Planejamento adequar o espaço, os terrenos, já fizemos a licitação. Nós vamos investir lá 158 milhões em saneamento básico, asfalto, guia, iluminação e deixar esse espaço todo esperando as empresas se instalarem na cidade, gerando emprego e renda.
Confira a entrevista completa nas redes sociais do Roda Livre.