Em entrevista ao jornalista Mizael Marcelly, o vice-prefeito de Paulínia afirma seu desapontamento com a administração de Dixon Carvalho e diz que vai continuar trabalhando pela cidade
No início do mês, o vice-prefeito de Paulínia Sandro Caprino (PRB) foi entrevistado pela coluna “Deixem-me Falar”, do jornalista Mizael Marcelly e fez uma avaliação dos seis meses de governo do prefeito Dixon Carvalho (PP). No bate-papo, divulgado na internet no dia 7 de julho, Caprino diz estar desapontado com a atual situação do município.
As primeiras perguntas abordaram sobre o seu rompimento com o governo municipal e a polêmica de que teria sido “despejado” de seu próprio gabinete no Paço Municipal. Caprino voltou a afirmar que a parceria entre prefeito e vice-prefeito só durou até o dia da eleição. “Esse foi um dos motivos de meu rompimento. Ele não ouvia a mim e nem aos secretários”.
A informação de que Dixon havia dado a ordem de trocar a fechadura de seu gabinete foi bastante debatida nas redes sociais. Sobre esse assunto, o vice-prefeito contou como tudo aconteceu.
“Dentro do espaço do gabinete do vice-prefeito, existem três salas, sendo uma recepção, uma sala de apoio e a sala que eu utilizo para atender a população. A informação que me foi passada é que o secretário de Segurança foi até lá com um chaveiro, abriu as portas e, através de uma determinação do prefeito, duas dessas salas me foram tomadas e estão sendo ocupadas por pessoas que não são de minha confiança. Perdi minha liberdade e estava sendo vigiado”, relata Caprino.
Mesmo assim, o vice-prefeito diz que não deixou de fazer seu papel. “Mas eu continuo atendendo a população, ando muito pela cidade toda, tenho um bom relacionamento com os servidores”.
O fim do subsídio da tarifa do ônibus também foi um dos temas abordados pela coluna. De acordo com o jornalista, o plano de governo da chapa Dixon/Caprino prometia a continuidade da passagem a R$ 1,00 e ainda criava o Bilhete Único, porém, o prefeito mandou para a Câmara de Vereadores que extingue esse sistema.
“Eu me sinto com a população, traída. Nós fazíamos cinco reuniões por dia e eu começava falando sobre a parte técnica e o prefeito fechava. Falávamos sobre essa questão de manter a passagem do ônibus, de manter o PAS, as Bolsas de Estudo, várias coisas que estão no nosso plano de governo. Se está no plano de governo, tem que ser cumprida”.
Sobre o desempenho da administração municipal, o vice-prefeito diz estar desapontado. Na sua visão, “ele precisa cumprir o que prometeu a população”, já que foi eleito por conta das promessas de seu plano de governo.
“A população acreditou em nós e em nossas ideias. Nos empenhamos na campanha levando a ideia de uma verdadeira mudança, mas nada disso aconteceu e eu me sinto muito desapontado. A questão pública tem que ser tratada com seriedade, com competência e com honestidade. Não pode mais acontecer em Paulínia o que vem acontecendo há muitos anos”, finalizou.
A entrevista completa você confere no canal Correio Paulinense no Youtube.
