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Em Paulínia, paralização de petroleiros faz com que equipe “dobre” jornada de trabalho

Funcionários iniciaram paralisação na Replan na manhã de quinta-feira
Funcionários iniciaram paralisação na Replan na manhã de quinta-feira

Parte dos funcionários trabalhava desde as 7h30 de quinta-feira, diz sindicato. Eles reivindicam mais segurança após explosão de navio e 3 contratações

Funcionários da Refinaria de Paulínia (Replan), a maior da Petrobras, trabalham na empresa sem interrupção desde 7h30 de quinta-feira (12), segundo nota do sindicato da categoria (Sindipetro) divulgada nesta sexta-feira(13). Eles decidiram fazer paralisação para cobrar segurança após explosão do navio-plataforma que deixou ao menos cinco mortos no Espírito Santo, e cobrar contratação de funcionários para Estação de Tratamento de Água (ETA) da empresa. Com isso, houve comprometimento da troca de turnos e estes funcionários foram substituídos às 15h30 por um outro grupo que deverá “dobrar” a jornada até 7h30 deste sábado (14), de acordo com a entidade.
O coordenador regional do Sindipetro, Gustavo Marsaioli, explicou que cinco grupos com aproximadamente 70 funcionários se revezam na operação da refinaria e a Replan pode optar por interromper o processo para que os funcionários não trabalhem ininterruptamente. Até as 11h desta sexta-feira, informou o sindicalista, o grupo que começou o trabalho na manhã quinta-feira permanecia no local. “Não houve retorno para as reivindicações”, falou. Segundo a assessoria do Sindipetro, o setor administrativo não irá funcionar nesta sexta-feira, uma vez que aproximadamente 700 funcionários decidiram por não entrar na empresa.
Marsaioli falou que o grupo de petroleiros decidiu, em assembleia, que não irá retornar à empresa às 23h30, conforme escala da refinaria. Com isso, os funcionários responsáveis por substituir a equipe nesta sexta-feira terão de permanecer até as 7h30 de sábado (14). “Estamos negociando para fazer uma troca controlada no local, porque torna-se uma situação extenuante para o trabalhador. Parar a produção é complexo, perigoso e demanda mão-de-obra, já que trabalhamos com processo contínuo ligado aos combustíveis”, falou.
O sindicato pede a contratação de três funcionários para a ETA da empresa porque, segundo Marsaioli, o setor opera com um trabalhador por turno. A situação, afirmou ele, eleva o risco de acidente e dificulta a realização de atividades básicas, como ir ao banheiro ou beber água.
O Jornal Tribuna contatou a Petrobras na noite de quinta-feira e manhã desta sexta-feira, mas não obteve retorno para saber se o grupo de contingência substituiu ao menos parte desses funcionários. A Replan também foi procurada neste período, mas também não se posicionou até esta publicação.