Cidade já registrou 5 mil casos da doença e uma morte em 2014
Uma equipe do Exército Brasileiro reforçou nesta quarta-feira (16) os trabalhos de combate à dengue em Campinas. O treinamento com 54 integrantes das Forças Armadas, além de membros da Secretaria Municipal de Saúde, ocorreu na segunda-feira (14). O início das ações estava previsto para terça-feira (15), mas foi adiado por causa da chuva que atingiu a cidade. Nesta quarta, 18 homens ajudaram na colocação de telas em caixas d’água no Jardim Cosmos.
Em 2014, Campinas já registrou 5 mil casos da dengue e uma morte em decorrência da doença. Outras quatro mortes de moradores da cidade estão sendo investigados. De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde da cidade, Brigina Kemp, todo o contingente de agentes em saúde da Prefeitura está em campo para trabalhar no combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Na quinta-feira (17), as equipes continuaram os trabalhos na região do Florence. A partir da próxima semana, todas as terças, quartas e quintas-feiras, os homens percorrerão a região do Três Estrelas, Satélite Íris 1 e 2 e Florence 2. Segundo o Exército, a ação segue até 9 de maio, mas o prazo pode ser estendido, de acordo com a necessidade.
Ajuda nacional
Campinas receberá na próxima semana os técnicos do Ministério da Saúde que irão avaliar a situação da epidemia de dengue na cidade, que já soma cinco mil casos confirmados e uma morte. Baseado no relatório da visita, agendada para os dias 22 e 23 de abril, a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá determinar o tipo que ajuda que o município receberá. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, existem três possibilidades de auxílio: apenas apoio técnico, envio de profissionais ou, até mesmo, a montagem de hospitais em tendas para agilizar o tratamento de doentes.
Recomendações
Aos primeiros sintomas da dengue (febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a recomendação do Ministério da Saúde é procurar o serviço de saúde mais próximo e não se automedicar. Quem usa remédio por conta própria pode mascarar sintomas e, com isso, dificultar o diagnóstico.
Para diminuir a proliferação do mosquito, é importante que a população verifique o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito. Além disso, é essencial cobrar o mesmo cuidado do gestor local com os ambientes públicos, como o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias.