
Por falta de pagamento, Corpus se retirou do local na madrugada de sexta-feira, 28. No início da tarde, usuários que buscavam por atendimento encontraram as portas fechadas. Assunto repercutiu em toda a região
No início da tarde de ontem, 28, usuários que buscavam atendimento médico no Pronto Socorro do Hospital Municipal de Paulínia (HMP) encontraram o local fechado. Um aviso na porta indicava que o atendimento estava suspenso por falta de serviço de higiene e limpeza.
A empresa responsável pelo setor de limpeza e higienização do Hospital de Paulínia é a Corpus, que além disso, opera o serviço limpeza urbana e coleta de lixo na cidade através de um contrato emergencial, que não foi pago.
De acordo com informações do HMP, por volta das 00h05 da sexta-feira (28), os 127 funcionários da Corpus receberam a ordem de interromperem todo o serviço. Eles recolheram todos os materiais e equipamentos da empresa e deixaram o local.
No início da tarde, a direção do HMP decidiu então pela suspensão dos atendimentos por não haver condições mínimas de higiene e limpeza no local. Um funcionário fechou as portas e colou o aviso no lado de fora. O cartaz orientava os usuários a procurarem atendimento em cidades vizinhas
“Eu não sei o que vou fazer. Dependo de ônibus, estou aqui com a minha irmã queimando de febre, mal consegue parar em pé. E agora?”, questionou Maria de Lourdes Pereira Assunção, moradora do São José.
Outra usuária do serviço público que se identificou apenas como Raquel, disse que iria registrar um Boletim de Ocorrência. “Minha mãe está muito mal, com a garganta fechando. Eu vou fazer um Boletim de Ocorrência porque se acontecer alguma coisa com ela, alguém vai ter que se responsabilizar por isso, pela falta de atendimento”.
O fato teve repercussão na região e chegou até os veículos de comunicação de grande circulação. Equipes de reportagem da EPTV, TVB Record e Band estiveram na cidade. Jornalistas do Correio Popular, Folha de S.Paulo e Todo Dia também vieram registrar o caso.
Nas redes sociais, muitos internautas definiram a situação como ‘caos’ e cobravam atitudes do governo municipal. “Falta de dinheiro não é, e sim falta de gestão!”, disse Everaldo Alves.
Romarinho dos Santos acha que a população deveria se manifestar. “Ficar em rede social não muda nada. O certo é a população ir até a Prefeitura e protestar contra o prefeito Dixon Carvalho. Paulínia tem dinheiro suficiente para dar qualidade de vida de 1° mundo para os seus moradores. Isso que está acontecendo é má administração”, opinou.

Voltou a atender
Por volta das 14h30, a Corpus voltou ao hospital e reiniciou o serviço de limpeza. Logo depois, o HMP abriu as portas e o atendimento foi normalizado. De acordo com a empresa, a Prefeitura de Paulínia reconheceu o vencimento do contrato e fez uma ‘Confissão de Dívida’, com promessa de pagamento em duas parcelas, sendo a primeira nesta terça-feira, 2, e a segunda dia 9. Porém, se o pagamento não for realizado, o serviço de coleta de lixo também pode sofrer paralisação.