Levantamento da NTU atualizado até 31 de março alerta para gravidade da crise, e apela para necessidade emergencial de ajuda financeira imediata e reestruturação total da forma de contratação dos serviços
O monitoramento da situação de crise que os sistemas de transporte público por ônibus vêm enfrentando nos últimos 14 meses no Brasil mostra um quadro nada animador.
Realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), os dados mais recentes sobre o impacto da pandemia, condensados no período de 16 março 2020 a 30 de abril de 2021, mostram um prejuízo acumulado das empresas em R$ 14,2 bilhões até o momento.
Este rombo vem num crescendo contínuo, o que reforça ainda mais a necessidade de uma ação imediata para que os serviços de transporte público por ônibus sejam preservados nas cidades brasileiras.
No balanço anterior, no período de março de 2020 a fevereiro de 2021, o prejuízo das empresas era de R$ 12 bilhões (R$ 11,75 bi).
Relembre:
Já no relatório que reuniu dados de 16 de março de 2020 até 31 de dezembro de 2020, os prejuízos acumulados alcançavam R$ 9,5 bilhões. O que mostra que de dezembro de 2020 a 31 de março de 2021, o prejuízo cresceu 67%, ou R$ 4,8 bilhões.
Relembre:
Neste último relatório, divulgado nesta quarta-feira, 26 de abril de 2021, a NTU destaca o outro lado da crise: o fechamento de empresas, que deixaram de prestar os serviços. Foram 25 operadoras e 1 consórcio operacional. Este número se soma às demissões de trabalhadores do setor, número acumulado que alcança a marca de 76.757.