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Mulheres devem consumir mais leite, aponta estudo


 

A quantidade é um terço do mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O alerta é da pesquisa Firme Forte Osteoporose 2012 divulgada pela Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso)

Uma pesquisa inédita divulgada pela Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso) com mais de 2 mil mulheres de todo o Brasil aponta: a prevenção da osteoporose ainda é incipiente no país e a falta de preocupação com a doença pode favorecer o aumento no número de casos.
A Pesquisa Firme e Forte Osteoporose 2012, realizada pelo Ibope, revela que, ao contrário do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, mais de 84% das mulheres da região Sudeste não ingerem as três porções de leite e derivados indicadas para prevenir a osteoporose.

“A pesquisa traz uma contribuição importante para a sociedade, especialmente para nós especialistas. Um alerta de que é preciso ampliar e massificar informações sobre o papel da alimentação saudável para a saúde óssea e a prevenção da osteoporose”, explica o ginecologista Bruno Muzzi, presidente da Abrasso. “É importante investirmos em campanhas de conscientização da doença e de que forma é possível obter os nutrientes necessários para a promoção da saúde óssea”, completa.

De acordo com a entidade, o mais preocupante no Sudeste são as afirmações das mulheres entre16 a44 anos sobre prevenção: 53% têm a ideia errada de que tomar apenas um copo de leite por dia é suficiente para se manterem saudáveis e, consequentemente, prevenir a osteoporose. Outros agravantes na região são: 70% delas não sabem que a prevenção deve ser iniciada na infância e 91% não relacionam a menopausa como fator de risco associado à osteoporose.

Esses dados fortalecem a percepção dos especialistas de que a osteoporose, apesar de mais conhecida do grande público, é vista ainda como algo distante da população. Outro fator que pode contribuir para isso é a crença errada das mulheres de que a osteoporose é uma doença que causa dores. Para 96% das entrevistadas, a osteoporose é uma doença que provoca dor e só ao sentir esse sintoma elas procurariam por ajuda médica. “É uma percepção errada, pois se trata de uma doença silenciosa”, finaliza Muzzi.

Convivendo com a osteoporose

Mesmo diante de um cenário preocupante e delicado é possível controlar a doença e evitar maiores consequências cuidando da saúde e passando por acompanhamento médico. A pesquisa Firme Forte 2012 destaca que após o diagnóstico 69% das mulheres passaram a fazer algum tratamento e 36% afirmaram ter melhorado a qualidade de vida.

Hoje é possível ter uma rotina tranquila e conviver com a doença se diagnosticada precocemente e tratada de forma correta. A Abrasso recomenda a realização anual do exame de densidometria óssea a partir dos 45 anos, a prática de atividade física e o consumo diário de três ou mais porções de alimentos que sejam fontes de cálcio, como leite e derivados. Com a mudança do estilo de vida e o monitoramento da doença, os riscos de fratura diminuem e é possível manter uma rotina saudável.

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