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Ônibus escolar da Sancetur perde tanque de combustível no trajeto do transporte, em Paulínia

Havia crianças no interior do veículo durante o incidente

Um ônibus escolar da Sancetur que atende estudantes de Paulínia ficou sem o tanque de combustível enquanto transportava crianças, no dia 7 de novembro. O incidente aconteceu na Avenida Ferdinando Viacava, quando o veículo, prefixo 1207, seguia no sentido da rotatória do bairro João Aranha.
A denúncia chegou ao Jornal Tribuna por meio do vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Campinas e Região, Izael Soares de Almeida. “O ônibus estava cheio de crianças e quem denunciou o fato foram os próprios trabalhadores da empresa, na expectativa de que eu tomasse providências”, afirmou o sindicalista.
Almeida lembrou à reportagem que solicitou ao Ministério Público (MP-SP) a realização de fiscalização nos itens básicos de segurança dos ônibus do transporte escolar da Sancetur, no fim do mês de agosto. De acordo com o vice-presidente da entidade, motoristas e monitores informaram, à época, que vários ônibus teriam problemas de conservação, por conta da falta de manutenção adequada. No ofício protocolado junto à Promotoria de Justiça de Paulínia/MP-SP, a entidade apontou ao órgão problemas como “pneus lisos, freios que não funcionam rotineiramente, falta de cinto de segurança na maioria dos ônibus, quebra constante de mecanismos de freio, direção, motor e câmbio”, entre outros.
Também houve fiscalização surpresa do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) em ônibus escolares de Paulínia, na Escola Municipal Prof. Odete Emídio de Souza, no São José II, no fim de setembro. O objetivo foi confrontar dados e checar se a situação do transporte escolar melhorou em relação à última fiscalização deflagrada pelo órgão na cidade, em março deste ano.
A direção da escola negou possuir dados individualizados dos veículos do transporte escolar que atendem a unidade, contendo informações sobre as manutenções realizadas, e também não soube informar se os ônibus passam por vistoria obrigatória. A Prefeitura de Paulínia foi questionada sobre o fato e respondeu, na edição do dia 2 de novembro do Jornal Tribuna, que “tem como objetivo intensificar os trabalhos junto às empresas prestadoras deste serviço”.
Outro lado A assessoria de imprensa do Ministério Público do Estado de São Paulo respondeu que ainda não foi aberto inquérito, no caso do pedido do sindicato sobre a fiscalização da frota escolar da Sancetur. Segundo o órgão, “a solicitação está em fase de representação, aguardando resposta de ofício da Prefeitura”. A Prefeitura de Paulínia foi procurada por meio da assessoria de imprensa, para se posicionar, mas não respondeu até o fechamento da edição. A reportagem também questionou a Sancetur, para saber se a empresa tem conhecimento da denúncia feita pelo representante do sindicato. Ainda foi solicitado à Sancetur que envie documentação comprobatória, com as manutenções promovidas na frota ao longo de 2019, e que informe qual empresa ou prestador de serviço realiza as manutenções, mas a operadora não respondeu o e-mail até o fechamento da edição.