
Aniversário da cidade será comemorado com bolo e shows musicais
Festividade será realizada no bairro São José e terá apresentação do sertanejo Felipe Araújo
A Prefeitura de Paulínia preparou uma programação especial para celebrar o aniversário de 55 anos da cidade. Na quinta-feira, 28, haverá a tradicional distribuição de bolo de festa e refrigerantes, na Rua Helena Bosso Prosdócimo, no bairro São José. As crianças poderão se divertir em brinquedos infláveis.
O sertanejo Felipe Araújo, que está com o hit “Atrasadinha” nas paradas de sucesso, sobe ao palco ao 21h como a grande atração da festa de aniversário. Artistas locais vão se apresentar ao longo do dia. Felipe Araújo é irmão de Cristiano Araújo, cantor que morreu em junho de 2015, em Goiás, em um acidente automobilístico.
“A população de nossa cidade merece uma boa festa. Tenho certeza que o público vai comparecer para prestigiar, comer bolo e se divertir”, disse o prefeito Antonio Miguel Ferrari, o Loira.

Município com 2º maior PIB do país, atrai novos moradores
Nesses 55 anos de história, Paulínia cresceu e se desenvolveu, torando-se o município com o 2º maior PIB do país. O indicador mostrou que, para cada morador da cidade, é gerada riqueza de R$ 216, 9 mil. Os dados são do IBGE e fazem parte do relatório do PIB dos municípios.
Toda essa imponência e qualidade de vida oferecida aos moradores, atraiu muitas pessoas de fora. O executivo Rogério Abrantes morava em São Paulo com a família, mas, há dois anos, mudou-se para cá. “É inquestionável o ganho na qualidade de vida que tivemos depois que nos mudamos para cá. Foi a melhor decisão de nossas vidas”, afirmou.
Rosangela Pereira Santos, morava em Campinas, mas trabalha em Paulínia há 10 anos. Este ano, resolveu mudar-se para cá. “Campinas está muito complicada, tanto em relação ao trânsito, como na questão da segurança. Tenho certeza que aqui vou conseguir criar minhas filhas com mais tranquilidade”, comentou.
Toda a arrecadação financeira, advinda principalmente dos impostos gerados pela refinaria da Petrobras em Paulínia, a Replan (Refinaria do Planalto), e do polo petroquímico instalado em seu entorno, deixa a cidade entre as 50 mais ricas do País, contribuindo para que o PIB da RMC chegasse aos R$ 74,1 bilhões em 2007, valor que representa 2,60% do PIB nacional e 7,67% do Estado de São Paulo.
No conjunto das 19 cidades que compõem a RMC junto com Paulínia, cinco estão entre as 100 que mais produzem riquezas no Brasil.

Das sesmarias ao progresso
A história de Paulínia tem início na década de 1780, quando o governo português doou duas grandes sesmarias na região entre os rios Atibaia e Jaguari. A população paulinense foi formada, principalmente, por imigrantes italianos, que substituíram os escravos que trabalhavam nas fazendas após a abolição da escravatura, em 1888.
Emancipação
Na época de sua emancipação, Paulínia contava com seis mil habitantes, dos quais quatro mil viviam nas fazendas, enquanto os demais se dividiram entre as pequenas áreas rurais próximas de onde hoje é o Centro da cidade. A cidade, apesar de já contar com algumas pequenas indústrias de cerâmica e tecelagem, tinha sua principal fonte de renda atrelada à lavoura de café, algodão, laranja e cana de açúcar, esta última, explorada primeiro com a chegada da francesa Rhodia, em 1942.

Replan
Com a efetivação da Replan, a cidade tornou-se foco maior de imigrantes em busca de trabalho. Há registros da década de 70 comprovando que a cidade passou de 6,9 mil habitantes neste ano para 28.620 em 1973, triplicando o número de moradores. A Replan foi construída exatamente em mil dias e começou a funcionar três meses antes da data prevista. A construção chegou a envolver seis mil homens com jornada diária de 15 horas. No local do terreno doado à Petrobras havia uma plantação de cana que pertencia à antiga proprietária, a Rhodia. Toda a cana foi doada à Igreja Católica, que vendeu e conseguiu fundos para a construção da Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus.