Público consagra o brilhante trabalho de Miguel Falabella e Diogo Vilela
O sucesso de um espetáculo está nas mãos do público, e para os artistas há sempre uma expectativa, sobre como vai ser a estreia em um determinado local. Mas ‘A Gaiola das Loucas’, simplesmente está deslumbrando o público que tem lotado o Theatro Municipal de Paulínia, desde a sua estreia, na sexta-feira, 20, em curta temporada na cidade.
O espetáculo ficou em cartaz durante dez meses no Rio de Janeiro, e antes de ir para São Paulo, ‘A Gaiola das Loucas’ brinda Paulínia com um dos mais grandiosos musicais do País.
Os protagonistas do musical, Miguel Falabella e Diogo Vilela, chegaram à cidade na quinta-feira, 19 e trouxeram na bagagem a experiência, o preparo e a energia de quem “navega nessas águas” há anos e tem muito a oferecer para um público ávido em assistir grandes espetáculos.
Em uma entrevista informal para pouco mais de seis jornalistas, no Camarim do Theatro Municipal, os artistas, conversaram sobre a produção e a alegria de trabalharem juntos.
A ideia de fazer um espetáculo juntos iniciou quando os dois faziam ‘Toma lá da Cá’.
“ Nós sempre nos demos muito bem, nos conhecemos desde a adolescência, por isso pensamos em fazer uma peça para dois protagonistas e imediatamente veio ‘A Gaiola das Loucas’, então uma produtora comprou a ideia e heroicamente montamos em oito semanas”, disse Falabella.
O sucesso do musical foi confirmado em dez meses de apresentações no Rio de Janeiro e agora em Paulínia. “Nós sabemos que o sucesso do espetáculo se deve a essa mistura de dois passados, meu e do Falabella. Somos da mesma geração, é um encontro da gente e acredito que o público perceba isso, pois ele é muito sagaz para perceber as coisas mesmo à distância. Essa é a grande conquista da gente que trabalha muito e uma resposta importante para nós”. Miguel Falbella completou: Já existe a mítica de “A Gaiola das Loucas’ e aliado a isso, tem a minha carreira junto com a do Diogo, o público sabe o que vai encontrar no espetáculo, a história já é conhecida, e na verdade o público vê dois atores que dominam a arte de atuar”.
Sobre a preparação e dificuldades na composição dos personagens Falabella declarou ser o personagem de Diogo, o mais difícil de ser realizado. “ O personagem do Diogo, que faz a travesti Zazá, é muito mais difícil do que o meu, o Georges, porque ele tem que fazer toda uma composição. O meu personagem é o mestre de cerimônias da boate e é ele que viabiliza a vida do casal, é o marido que resolve tudo e a Zazá é uma esposa louca , eles são um avesso de um casal heteressexual. Além disso, a nossa preparação foi muito mais vocal para podermos cantar as canções todas. O espetáculo tem uma coisa física que qualquer musical seja aqui ou em qualquer parte do mundo exige, a voz e o preparo físico”, explica Falabella.
Diogo acrescenta: “ O musical tem muita coisa de dançar, correr com salto alto, a agilidade na troca da roupa. Então tive dificuldade em colocar a peruca e as roupas correndo, ter voz e isso tudo sem virar um dragão e ficar ainda engraçadinho, não é fácil, é foi muito estressante, mas o musical tem muita energia, embora o esforço seja enorme é muito lindo porque você vai entrando nas músicas, nos arranjos e você parece que inicia uma viagem, se torna uma experiência diferente sensorial, bem interessante e aí você entra naquele canal e as coisas vão ficando verossímeis, e o resultado disso tudo é muito lindo, muito gratificante”.
Falabella finaliza: “É divertido e muito prazeroso, para nós, nem todos os atores sabem navegar nessas águas, então quando a gente navega bem nessas águas é um privilégio, porque é uma alegira poder fazer comédia, te dá energia, uma vibração, ela sai do naturalismo, do realismo, transcende tudo isso, na verdade é isso que o teatro tem que fazer, levar as pessoas a transceder, sair do cotidiano”.
Infraestrutua do Espetáculo
O cenário é grandioso. São mais de 40 trocas. Após uma temporada de grande sucesso no Rio e antes de chegar a São Paulo, “A Gaiola das Loucas” vem brindar a região de Paulínia com um dos mais grandiosos musicais que a cidade já recebeu. São mais de 300 figurinos, 100 perucas, 350 mudanças de luzes, 5 painéis de leds que dão um colorido especial ao cenário. Uma infinidade de surpresas torna esta produção uma das mais ousadas, criativas e inusitadas dos últimos anos e Paulínia, enfim, recebe o musical “A Gaiola das Loucas”, inspirado no filme francês “La Cage Aux Folles”. Uma mega produção, com versão brasileira e direção de Miguel Falabella que encabeça o elenco de estrelas juntamente com Diogo Vilela. O musical tem um elenco de 25 atores, cantores e bailarinos, selecionados entre mais de 1.000 candidatos de diversas localidades do Brasil, co-direção de Cininha de Paula e uma equipe que envolve diariamente o trabalho de mais de 120 profissionais. Os números coreográficos levam a assinatura do americano Chet Walker e da coreógrafa associada, Fernanda Chamma, direção musical e adaptação de Carlos Bauzys e uma orquestra de 14 músicos.