O valor, previsto principalmente para Campinas, Paulínia e Hortolândia representou 24,09% do total de R$ 101,7 bilhões captados por todas as regiões do Estado de São Paulo entre 2020 e 2024
A Região Administrativa (RA) de Campinas recebeu R$ 24,5 bilhões em investimentos em serviços em cinco anos, sendo a segunda em captação de recursos, de acordo com os dados da Pesquisa de Investimentos do Estado de São Paulo (Piesp), da Fundação Sistema Estadual de Análise e dados (Sede). O valor, previsto principalmente para Campinas, Paulínia e Hortolândia representou 24,09% do total de R$ 101,7 bilhões captados por todas as regiões do Estado de São Paulo entre 2020 e 2024, com o montante regional atrás apenas dos R$ 55,1 bilhões destinados para a Região Metropolitana de São Paulo.
O estudo apontou que a atividade que anunciou os maiores investimentos envolve as construções de data centers, somando R$ 39,9 bilhões. Dessa parcela, Paulínia e Hortolândia receberam praticamente R$ 3 em cada R$ 7 destinados a implantação desses centros de processamentos de dados. Juntas, as duas cidades somam R$ 17,6 bilhões, o equivalente a 44,11% do anunciado nessa área. Para o economista Igor Lobo, esse tipo de investimento é essencial para o país. “Os data centers são estratégicos para o desenvolvimento da sociedade brasileira ao representarem a base fundamental para sustentar a inovação tecnológica, crescimento econômico e competitividade internacional do país, para uma inclusão digital ainda mais ampla”, explicou.
Uma multinacional com sede nos Estados Unidos está investindo R$ 15,6 bilhões na construção, em Paulínia, de um data center em hiperescala, instalação gigante construída por empresas com grandes necessidades de processamento e de armazenamento de dados ou para atender terceiros. A empresa atua exatamente nesse último caso, fornecendo o serviço aos clientes. Ela está implantando na cidade o seu maior centro no Hemisfério Sul, que também será o maior do Brasil. O projeto prevê a construção de seis prédios em uma área de 265 mil metros quadrados (m²), o equivalente a 37 campos de futebol, e inclui a construção de uma subestação de energia elétrica de 250 megawatts (MW), com capacidade para abastecer em torno de 247,5 mil imóveis residenciais, o proporcional a metade dos domicílios de Campinas. Essa unidade é para abastecer o conjunto de prédios.
Fonte: RAC