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Pavan está na mira da Polícia Federal

Inquérito da Polícia Federal vai apurar denúncias sobre supostas irregularidades praticadas no Pauliprev

 

A Procuradoria Regional da República pediu para a Polícia Federal abrir inquérito para apurar denúncias de irregularidades supostamente praticadas pelo prefeito de Paulínia, José Pavan Junior (PSB).

A denúncia da servidora e conselheira do Pauliprev (instituto de previdência dos servidores públicos municipais de Paulínia), Íria Onira da Silva, relatou ao Ministério Público que recursos do instituto foram transferidos para um fundo de investimentos que pode ter ligação com um esquema ilegal de financiamento de campanhas eleitorais.

De acordo com o Ministério Público Federal, o Pauliprev teria em caixa algo em torno de R$ 580 milhões, dos quais R$ 268 seriam transferidos à NSG Capital, a gestora financeira que intermediaria investimentos ligados a empresas de restaurantes.

Mas, segundo as denúncias apresentadas à promotoria, os sócios dos fundos seriam os mesmos envolvidos no esquema responsável por desviar R$ 70 milhões do PrevRio (instituto de previdência dos servidores do Rio de Janeiro), o que poderia colocar em risco o dinheiro da aposentadoria e pensão dos funcionários públicos de Paulínia.

A empresa de assessoria Plena, contratada pelo Pauliprev há quatro anos, já havia notificado irregularidades e ilegalidades, além do alto risco do investimento e recomendando a não contratação da NSG Capital.

Em agosto, o prefeito foi alertado por funcionários do fundo sobre a irregularidade, mas, ao invés de apurar, determinou o afastamento dos diretores e depois nomeou o secretário de Planejamento, Esdras Pavan, como presidente.

Nos próximos dias, a Polícia Federal vai exigir ao prefeito Pavan, informações a respeito da exoneração da antiga diretoria e porque ele decidiu pela revogação do contrato de quatro anos com a Plena Assessoria, que já havia indicado irregularidades na proposta de investimento.

Além do prefeito, a Polícia Federal quer ouvir também o atual presidente Esdras Pavan e sócios da NSG Capital, Jair Marchesini, Raphael Vargas, José Tostes Nunes e Zabral Wilson Borges.