Cientistas afirmam não haver vestígios do vírus em superfícies e no ar, seja no metrô ou nos ônibus da capital do Reino Unido
Para quem ainda acredita que o transporte coletivo é lugar de alto risco para a contaminação do coronavírus, uma boa notícia.
O Imperial College London, instituição britânica que atua com foco em ciência, engenharia e medicina, realizou testes no mês passado na rede de transportes de Londres, composta por metrô e ônibus. O objetivo era detectar a presença do coronavírus, fator de risco para a disseminação da doença entre os usuários e funcionários do sistema.
Esta foi a segunda vez que a coleta foi realizada, e novamente apresentou resultados negativos.
A Transport for London (TfL), que gerencia o sistema de transporte, intensificou os procedimentos de limpeza, mas ressaltou que não basta somente um ambiente limpo para tornar o metrô e os ônibus seguros.
As informações são do portal da BBC inglesa.
O distanciamento social e o uso de máscara também precisam ser seguidos, disse o órgão gestor.
Os cientistas que conduziram os testes tentaram imitar a jornada de um passageiro. Desta forma, coletaram cotonetes de escadas rolantes, corrimãos, pontos de ônibus e leitores de cartão Oyster.
Além disso, usaram também um sensor especial que sugou o ar através de um filtro por uma hora a 300 litros por minuto.
Lilli Matson, diretora de segurança, saúde e meio ambiente da TfL, disse que os resultados foram “extremamente tranquilizadores“, especialmente para os clientes que usam a rede de transporte para viagens essenciais durante a próxima fase de lockdown, que começa nesta quinta-feira, 05 de novembro de 2020.
“Acredito que tubos e ônibus são seguros para uso. Colocamos em prática uma enorme gama de medidas, desde limpeza, coleta de amostras, desinfetantes e sprays antivirais”, disse ela.
Lilli Matson afirmou ainda que é preciso manter os esforços, com vistas a garantir a redução de qualquer risco de contágio.
Pesquisa realizada pelo RSSB (anteriormente Rail Safety and Standard Board) em julho, descobriu que as chances de pegar o vírus em um trem são de 1 em 11.000.
Para o teste, presumiu-se que uma pessoa, sem máscara, estava viajando em um trem com 44 passageiros durante uma hora de viagem, com uma troca de 22 passageiros ao longo do percurso.
O RSSB é uma instituição britânica independente sem fins lucrativos, e pertence às partes interessadas da indústria ferroviária. O objetivo principal do RSSB é liderar e facilitar o trabalho da indústria ferroviária para alcançar a melhoria contínua no desempenho de saúde e segurança das ferrovias na Grã-Bretanha.
Alexandre Pelegi www.diariodotransporte.com.br)