Trabalhadores só conseguiram entrar na refinaria de Paulínia na segunda, 16. A Greve durou 13 dias
A greve dos petroleiros da Replan, em Paulínia, a maior refinaria da Petrobras no Brasil, foi suspensa na segunda-feira (16). De acordo com o sindicato da categoria, todos os trabalhadores do primeiro turno voltaram aos postos, mas somente às 11h após uma reunião com dirigentes do sindicato em frente à Replan. A greve durou 13 dias.
A Replan tem cerca de 1,1 mil funcionários, entre próprios e do setor administrativo. A suspensão da greve foi decidida durante uma assembleia realizada na última sexta (13) com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), quando os trabalhadores aceitaram a proposta da Petrobras para retornar à refinaria na segunda.
No entanto, segundo o sindicato, os petroleiros mantém estado de greve e estão alertas caso a Petrobras não cumpra as cláusulas combinadas no acordo. A equipe de contingência da petroleira foi mantida para as trocas de turno. O sindicato informou que não sabe se houve substituição de funcionários nessa equipe durante a greve.
Acordo
Os profissionais entraram em greve no dia 1º de novembro e fez parte de um movimento de paralisação nacional dos petroleiros contra a privatização na Petrobras. Eles pediam a manutenção dos empregos e a garantia de condições seguras no trabalho. No acordo, firmado durante a assembleia da FUP na sexta, ficou definida a criação de um Grupo de Trabalho para discutir os pontos da pauta dos petroleiros pelo Brasil, reposição da inflação e avanços no benefício farmácia, entre outros.
Sobre o número de dias em que os funcionários ficaram parados, 50% serão compensados e o restante será descontado.
Por nota, a Petrobras informou que propôs às entidades sindicais um reajuste de 9,53% nas tabelas salariais e em outras parcelas remuneratórias. “Essa é a proposta definitiva da companhia e traduz o empenho máximo da empresa para atender às reivindicações dos empregados e seus representantes”, diz o texto.
Impactos na produção
A greve deverá ter impacto importante na produção do mês de novembro, ainda que a Petrobras tenha conseguido reduzir os reflexos do movimento com suas equipes de contingência, destaca a agência Reuters.
No início da paralisação, a produção de petróleo e gás foi reduzida em mais de 10%. Recentemente, a estatal conseguiu contornar o movimento, reduzindo as perdas na produção para cerca de 5% do total produzido antes da paralisação.