Início Paulínia Polêmico, Tiguila Paes pode perder mandato

Polêmico, Tiguila Paes pode perder mandato

Tiguila, na última eleição para presidente da Câmara votou contra a chapa encabeçada por sua companheira de partido, Ângela Duarte
Tiguila, na última eleição para presidente da Câmara votou contra a chapa encabeçada por sua companheira de partido, Ângela Duarte

Caso seja punido pelo partido, o então vereador não poderá concorrer nas próximas eleições

O PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro) protocolou na Câmara Municipal de Paulínia nesta quarta-feira, 17, o pedido de suspensão do vereador Ademilson Paes, o Tiguila. O documento também solicita que enquanto estiver suspenso o mandato deverá ser exercido pelo suplente da legenda. O documento assinado pelo presidente nacional e estadual do PRTB, Levy Fidelix, diz que a decisão foi tomada pela Comissão de Ética Disciplinar da legenda baseada no estatuto interno. De acordo com o coordenador do PRTB de São Paulo, João Francisco Garcia, o pedido de suspensão foi feito por infi delidade partidária. “O vereador está suspenso por 90 dias e não poderá deixar o partido, pois caso saia perde o mandato”, disse. Ainda segundo Garcia, o pedido foi feito na segunda-feira, 15, protocolado na Câmara Municipal na quarta-feira, 17, e o vereador esteve na sede do PRTB em São Paulo na quinta-feira, 18.

Documento protocolado na Casa de Leis é assinado por Levy Fidelix, presidente nacional e estadual do partido
Documento protocolado na Casa de Leis é assinado por Levy Fidelix, presidente nacional e estadual do partido

Na próxima segunda-feira, 22, Tiguila deverá apresentar sua defesa a Comissão de Ética Disciplinar que terá 5 dias para avaliar. De acordo com a janela eleitoral os políticos possuem 30 dias para trocarem de partidos. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi promulgada pelo Congresso na noite de quinta-feira, 18. A janela tem fi m em 18 de março e vale para prefeitos e vereadores. Tiguila agora suspenso não poderá deixar o PRTB e caso não seja absolvido pela comissão julgadora pode não ser candidato nas próximas eleições.

 2012

Tiguila foi eleito nas Eleições 2012 com 843 votos pela coligação PRTB/PSL/DEM e caso venha a se licenciar do cargo quem assumirá sua vaga é Gerson de Souza.

 CÂMARA

A Câmara Municipal de Paulínia foi procurada e informou que cabe à Justiça Eleitoral cassar ou afastar o vereador do cargo.:

INFIDELIDADE PARTIDÁRIA

CIDADES - TIGUILA6Conforme apontou o coordenador estadual do PRTB, João Francisco Garcia, o motivo da suspensão seria a infidelidade partidária. A legislação eleitoral brasileira aponta que o ato se deve quando o político deixa o partido sem justa causa, não vota conforme orientação da legenda ou ideias do partido, entre outras.

 

 

 Tiguila vota contra seu projeto da saúde e contra o próprio partido nas eleições para presidente

 

O vereador apresentou na Câmara o pedido de criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde para apurar supostas irregularidades na área. O documento final reuniu inúmeras sugestões e um projeto de lei de autoria do próprio vereador obrigando os estabelecimentos de saúde pública a divulgarem quantas pessoas aguardavam atendimento, mas na hora da votação ele mesmo acabou votando contra o seu próprio projeto.

VOTO CONTRA O PARTIDO

Tiguila, na última eleição para presidente da Câmara votou contra a chapa encabeçada por sua companheira de partido Ângela Duarte era a candidata da chapa 2, mas Tiguila integrou a chapa 1 que se sagrou vencedora e hoje ocupa o cargo de segundo secretário na Mesa Diretora.

 OUTRO LADO

Tiguila em nota enviada à imprensa se diz perseguido pelo partido desde 2012, quando ainda era candidato, mas que nenhum ataque teve êxito até o momento. O vereador ainda ressalta que cumprirá com seu papel de legislador até o fi m de 31 de dezembro de 2016, terminando seu mandato pelo qual foi eleito pelo povo.

 

Vereador iniciante, mas sempre envolvido em polêmicas

 

Embora Tiguila esteja em seu primeiro mandato, o vereador já se envolveu em diversas polêmicas desde que tomou posse em 1º de janeiro de 2013. Embora eleito com o apoio do atual prefeito José Pavan Junior (PSB), Tiguila aderiu ao governo do ex-prefeito Edson Moura Junior (PMDB).

 CASO PAZETTI

Moura Junior anunciou que venderia de forma facilitada as unidades residências do 3º módulo do Residencial Pazetti, para os moradores do Acampamento Menezes e da Fazenda Paraíso. O anúncio causou revolta nos compradores dos outros módulos que precisaram financiar via Caixa Econômica. O debate chegou à Câmara de Paulínia. Um dia antes da votação do projeto de lei anunciou por meio de seu perfil no Facebook que votaria contrário ao projeto de Moura Junior. Mas no dia da votação alegou estar doente não compareceu à sessão. Em 2015, o irmão do vereador foi acusado por uma mulher de estar aplicando um golpe em diversas famílias e vendendo as casas do Pazetti de forma irregular. O mesmo chegou a ser considerado foragido, pois a Polícia Civil foi em sua residência ele se encontrava viajando, pois é caminhoneiro. Dias depois ele foi ouvido e liberado.