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Presidente da Associação Comercial e Industrial de Paulínia, Wilson Machado, defende ‘boom’ imobiliário por favorecer economia local

Em dezembro do ano passado, a Prefeitura de Paulínia publicou a Lei Complementar 10/2022, que instituiu o novo Plano Diretor de Paulínia

Com população crescendo 40% em uma década, segundo o IBGE, Paulínia vê a expansão da quantidade de loteamentos e residências. A cidade conta com mais de 30 condomínios de casas e apartamentos e prevê o mesmo número de novos empreendimentos instalados nos próximos anos. O crescimento é visto de forma positiva pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Paulínia, Wilson Machado, que aposta em crescimento da arrecadação municipal, geração de empregos e fomento do comércio.

Em entrevista do Jornal Tribuna, Wilson explica que a instalação dos novos empreendimentos é feita de acordo com um planejamento elaborado por especialistas e técnicos em desenvolvimento urbano. Em dezembro do ano passado, a Prefeitura de Paulínia publicou a Lei Complementar 10/2022, que instituiu o novo Plano Diretor de Paulínia, que prevê diretrizes de desenvolvimento sustentável para os próximos dez anos no município.

Os motivos para tamanho crescimento são os atrativos de Paulínia, como baixo valor de IPTU, segurança e qualidade de vida, além da proximidade da cidade com grandes centros como Campinas.

Confira a entrevista

Como você vê o crescimento no número de loteamentos e condomínios?

Eu apoio a iniciativa dos condomínios fechados dentro de Paulínia. A gente vê o caso de Indaiatuba, e outras cidades do interior que estão atraindo os empreendimentos e têm sido bem sucedidos. São vários benefícios, como a segurança que o condomínio estabelece dentro da cidade, essa é uma grande vantagem e principalmente o desenvolvimento econômico. Eles movimentam a economia, é bom para os comerciantes, além de atrair investidores para a cidade. Paulínia vem crescendo com grandes empresas. Elas crescem automaticamente e as pessoas precisam de moradia. Então você necessita de uma demanda razoável de condomínios.

De que forma há impacto na geração de empregos e comércio?

Tem a geração de emprego, como vagas para empregada doméstica, seguranças, porteiros, empresas que vendendo condomínio, móveis planejados, materiais para construção, isso aquece a economia local também da cidade. E sem contar que os condomínios fechados atraem novos investidores e comércios.

Com mais moradores nesses condomínios há desenvolvimento econômico?

As pessoas querem estar onde tem consumo. Então, com isso, você consegue trazer algumas lojas âncoras para a cidade. Nós sabemos que nós temos Campinas, que é próximo da gente. É uma grande concorrência com o comércio local. Mas com a chegada de novos moradores dos condomínios você vê o crescimento também das lojas dentro da cidade. O movimento do nosso shopping está crescendo. Além disso, cresce a arrecadação também do IPTU, fomenta direta ou indiretamente a nossa economia local.

Os condomínios também ajudam a gestão da cidade?

Com certeza. O modelo do condomínio fechado tem a coleta de resíduos. Um benefício econômico para o município. Existe sim um planejamento aprovado na Câmara, então é uma coisa muito ordenada. Além da contrapartida que todos esses condomínios dão, que é obrigado por lei. Paulínia tem condições de receber tudo isso. Nós temos aqui muita infraestrutura que, conforme o crescimento, vai ser investido na hora certa, no momento certo e aí gerando mais riqueza. Com esses condomínios, nós temos um alto padrão e um poder aquisitivo razoável. Surgem oportunidades para os trabalhadores. Aumenta a geração de empregos e reduz o déficit habitacional da cidade. As pessoas estão empregadas e comprando o seu imóvel. Indaiatuba é uma das cidades da região metropolitana da Região Metropolitana de Campinas mais prósperas. Um dos fatores para esse crescimento são os condomínios da cidade. Comprovadamente, fomenta o comércio local, além de agregar funcionários das grandes empresas e indústrias da cidade também.

Qual a repercussão na Associação?

Existe uma demanda muito grande das empresas vindo pra cá e elas precisam de mão de obra. As pessoas de Campinas ou qualquer outra cidade têm condições de morar aqui e consumir dentro da cidade. Então, esse é um dos fatores predominantes que que tem que ser muito bem feito, muito organizado. Então, os comerciantes estão gostando da ideia.  Hoje nós temos cerca de 12.000 funcionários do comércio. Quem controla esses condomínios vai aumentar a demanda, chegando em menos de três anos a 16.000 comércio, indústria e serviços. Isso é uma grande vantagem. O índice de desemprego da cidade vai cair bruscamente. A atual administração tem feito um trabalho visionário e que nos agrega muito como comerciantes, como empresa. Então, essa é uma visão que eu tenho como presidente da Associação e representante dos comércios e indústrias. Eu acredito que não tem um comerciante que fala que não quer gente no seu comércio, não quer que fomente. Se Paulínia já se tornou uma cidade atrativa, grande, uma cidade com alto poder aquisitivo, isso é muito bom pra negócios.

Quais as perspectivas para Paulínia com os condomínios?

Se a gente fizer um planejamento adequado, bacana, que está sendo feito por essa administração, eu acredito que em breve, nós vamos depender da arrecadação que a refinaria passa pra gente, mas também de outros impostos que vem agregar.  E com esse investimento que vem com essa arrecadação de IPTU, de geração de emprego, de ISS e tudo mais, nós vamos ter condições financeiras de estar construindo mais escolas, hospitais, enfim toda a estrutura para comportar o aumento da população. Faz parte do progresso. Eu vejo com bons olhos e tem todo o meu apoio. E referente a isso, que tomemos como exemplo as grandes metrópoles.