Saiba a função da vela de ignição!
Na coluna anterior, falamos dos bicos injetores, componentes automotivos muito importantes. Entretanto, você sabia que eles não trabalham sozinhos? Pois é, para que o motor funcione perfeitamente, os bicos precisam trabalhar em parceria com as velas de ignição. Isso porque, enquanto o bico injeta o combustível, a vela conduz a centelha para a queima do combustível.
O mercado disponibiliza três tipos de velas de ignição, que funcionam da mesma forma, mas nem todas são iguais: as comuns com eletrodo central feito cobre (Cu), as com eletrodo de platina (Pt) e as de irídio (Ir), esta última mais conhecida pela tradução em inglês “iridium”. Cada um desses materiais dá características distintas às velas.
As de cobre, por exemplo, funcionam bem em condições adversas, como nos casos de motores turbo ou com altas taxas de compressão. Entretanto, têm vida mais curta, de aproximadamente 40.000 km.
Existem também variações com quatro eletrodos, consideradas mais eficientes devido aos possíveis oito pontos de centelhamento que possuem. Estas permitem partidas mais rápidas, melhor desempenho do motor e, por consequência, mais economia de combustível. A vida útil varia entre 60.000 e 80.000 quilômetros, mas o preço é 15% maior do que as convencionais.
Já as de irídio e platina conduzem melhor a energia, produzindo faíscas mais intensas e regulares, além de apresentarem maior durabilidade, chegando a 100.000 km.
Agora, você deve estar se perguntando: se as velas do meu carro são convencionais, vale a pena trocá-las por unidades de irídio? A reposta, é SIM! Porém, lembre-se que, na maioria dos casos, apenas a extensão da vida útil dos componentes será significativa.
A menos que as velas originais estejam em estado realmente lamentável, prejudicando o funcionamento do motor, a simples troca pelas de irídio pode ocasionar melhoras na partida, no consumo e nas respostas do motor em baixas rotações de forma bem discreta, quase imperceptível.
Agora, caso você decida trocar as velas, a recomendação é que troque também os cabos delas (em alguns carros a bobina já substitui os cabos), porque como eles ressecam com o tempo, ou seja, durante a meia-vida das velas, se não trocados ocasionam fuga de corrente e o desgaste prematuro do conjunto.
Diego Gomes (DG) é mecânico de formação e proprietário da MD Mecânica Automotiva.
Instagram: @diego.gomes.dg.10 – Facebook: Diego Gomes