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Rei morto, rei posto, rei nu por Sami Goldstein

Por estes dias, pensando na palavra “rei”, imediatamente duas passagens vieram à mente.

A primeira delas é a célebre e atemporal afirmação “rei morto, rei posto”. Quem nunca ouviu essa expressão e como surgiu? Existem várias teorias, mas a mais aceita é baseada em uma clássica história da mitologia grega. De acordo com ela, o herói Teseu teria proferido estas palavras quando derrotou o Minotauro (aquela criatura mítica, metade touro e metade homem) e Minos, o rei de Creta. Imediatamente após derrotar Minos e a criatura monstruosa, Teseu herdou seu trono, o amor da esposa viúva e a adoração do povo de Creta. Assim, o “rei morto” do famoso ditado popular seria uma referência ao derrotado.

A segunda é o conto “o rei está nu” escrito por Andersen, como é conhecido Hans Christian Andersen, escritor dinamarquês (1805 – 1875). Nele, dois falsos alfaiates garantem ao rei que, caso dispusesse de ouro, seda e outros materiais preciosos, saberiam confeccionar uma roupa esplendorosa, mas que apenas as pessoas mais inteligentes poderiam enxergar. O rei encomenda a roupa e eles ficam com todos os materiais preciosos que lhe foram fornecidos. Um dia, eles “mostram” ao soberano a nova roupa. O rei e sua corte nada veem, mas a fim de não passarem por ignorantes, fingem todos estar admirados com a veste maravilhosa. Quando o rei sai à rua com sua roupa imaginária, uma criança grita: “O rei está nu”.

Rei morto, rei posto, rei nu. E qual a conclusão? Longa vida ao rei!