Visitação noturna e acompanhamento de monitores apresentaram curiosidades sobre os hábitos das 70 espécies abrigadas no Parque Municipal
Uma série de atividades marcou os 18 anos de implantação do Parque Ecológico ‘Amando Müller’ em Paulínia, comemorados no dia 22. Entre os dias 18 e 26, a Seddema (Secretaria de Defesa e Desenvolvimento do Meio Ambiente), promoveu a Semana da Defesa da Fauna, incluindo também as comemorações pelo Dia da Árvore (21) e o início da Primavera (23).
Durante a semana, mais de 2,3 mil pessoas passaram pelo Parque Ecológico e participaram da I Exposição da Fauna Ameaçada do Estado de São Paulo, com amostras do ‘livro vermelho’, uma publicação da Secretaria do Meio Ambiente Estadual e da Fundação Parque Zoológico, que relaciona as espécies ameaçadas no Estado. Reconhecidos mundialmente, os ‘livros vermelhos’ são considerados mecanismos de combate ao tráfico e ao comércio ilegal de espécies.
“Vale explicar que a fundação do zoológico data de 1978, mas o reconhecimento como Parque Ecológico aconteceu em 1992. Para comemorar esses 18 anos, achamos importante mostrar como estão as condições dos animais no Estado, porque hoje, elas são piores que as nacionais, devido à degradação ambiental ocasionada, principalmente, pela urbanização”, explicou o veterinário do Parque Ecológico, Marcelo de Queiroz Telles, que coordenou a programação ao lado da bióloga do Parque, Andrea Moraes.
Novidade para o público em Paulínia, a Seddema realizou também a primeira visitação noturna ao Parque Ecológico. Dos dias 21 a 24, equipes de monitores apresentaram aos 105 visitantes os hábitos noturnos dos animais. Para isso, foi ministrado o enriquecimento ambiental – principalmente para os grandes felinos – para incentivar suas atividades. “Essa visitação também contou com o material da exposição, incluindo itens como crânio e pele de animais registrados e liberados pelo Ibama, além de explicações sobre as aptidões de cada animal a noite”, explica Telles.
A visitação monitorada também aconteceu no final de semana, quando os visitantes foram divididos em grupos para conhecer com mais detalhes as curiosidades sobre cada uma das 70 espécies dos 270 animais abrigados no Parque, incluindo uma exposição paralela dos filhotes criados no local. Só nestes dias, a Semana da Defesa da Fauna reuniu 469 pessoas. “Damos uma atenção especial ao Parque, porque ele é o principal ponto de visitação da cidade, além de ser local de pesquisa.
Já iniciamos algumas pequenas reformas para melhorar a estrutura de visitação e o conforto dos animais, mas o Parque vai passar por uma reforma geral, incluindo a criação de um Centro de Educação Ambiental e uma maternidade com incubadora para o público acompanhar o nascimento e o desenvolvimento de filhotes. O Parque Ecológico que já é um sucesso, será mais ainda”, avalia o secretário da Seddema, Ricardo José Ferro.
As atividades especiais foram encerradas no final de semana com oficinas lúdicas, mas o reflexo da Semana da Defesa da Fauna continua a ser notada nos canteiros de flores que receberam uma atenção especial para dar boas vindas à primavera. “Este é um período muito importante, não só para as plantas como para os animais. É uma época de esperança, no qual as plantas se renovam e voltam a crescer, oferecendo mais alimentos à fauna, que consequentemente dá início ao seu período de reprodução. Então, trabalhamos a chegada da primavera também neste contexto geral”, finaliza o veterinário Marcelo Telles.
