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Sindicato causa tumultuo e tenta dispensar alunos atendidos na rede municipal durante recesso

Pais de alunos e revoltaram com situação, por não ter onde deixar os filhos

O Sindicato dos Servidores de Paulínia causou um tumultuo na última sexta-feira (15) ao tentar evitar que os funcionários recebessem os alunos em escolas infantis da rede municipal. O secretário-geral, Professor Willian, e sindicalistas percorreram as unidades em funcionamento, orientando os servidores para o não recebimento dos alunos. De acordo com o Sindicato, os funcionários não têm o dever de atuar como professores durante o período de férias.
Mães que precisam do serviço se depararam com portões fechados na manhã desta sexta e denunciaram que não é a primeira vez que o fato acontece.
Durante o período de férias escolares, que acontece entre 11 e 22 de julho, os alunos realizam atividades recreativas em função do período de recesso e ficam aos cuidados dos funcionários da educação. O atendimento é voltado aos pais que precisam trabalhar e não têm com quem deixar os filhos. O ato é previsto no Termo de Ajustamento de Conduta, firmado entre a Prefeitura de Paulínia e o Ministério Público da cidade, em 2021.
Mesmo assim, o Sindicato alega que os monitores e demais funcionários não são responsáveis pelo atendimento direto às crianças, e que eles não as recebam nas unidades. Em áudio enviado por WhatsApp, o professor Willian declarou que orientou os servidores para que recusem assumir o turno.
“A orientação é a mesma, recusar assumir turno, pois isso não é função dos monitores. O diretor vai se ver em uma situação que tem que dispensar as crianças, vai gerar uma confusão sem dúvida nenhuma”, declarou.
Em outro trecho, Willian diz que quanto mais crianças forem dispensadas, melhor, para os meios jurídicos poderem cobrar a Prefeitura.
Na cidade, mais de 1800 crianças dependem do atendimento durante o recesso de férias, a situação gerou revolta em muitos pais que precisam do serviço.
“Infelizmente não vamos ver de tudo mesmo, qual será o pedido deles agora para que o governo faça a vontade deles, porque ao que sei o Du Cazelatto não vai ceder a esse grupo de calhorda que querem impor suas vontades e assim criar essa situação dentro do município, até quando sindicatos terão essa expressão de desestabilizar uma condição que é tão séria e grave para o município?” comentou uma internauta.
O que diz a Secretaria de Educação?
Em nota a Secretaria de Educação, comandada pela Secretária Ângela Duarte disse que o funcionamento é legal e contempla as necessidades dos alunos atendidos.
“No ano de 2012 foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público para que no período de recesso escolar dos professores, se dê atendimento único e exclusivamente voltado à recreação e cuidados essenciais dos alunos de 0 a 5 anos, da rede pública municipal, dos pais que comprovadamente trabalham.
Desde então, todos os anos é realizada de forma responsável, a divisão com escolas polos e o planejamento com monitores e auxiliares de educação infantil, nos termos das cláusulas do TAC.
A Secretaria reafirma que as crianças são atendidas com toda a guarda e cuidado necessários.