
Setransp afirma que o impacto econômico em razão da epidemia de coronavírus já afeta de maneira brutal o transporte coletivo da capital paranaense, que está prestes a entrar em colapso
ALEXANDRE PELEGI
Depois do presidente da Metrocard, associação que representa as empresas de ônibus que prestam serviços na região Metropolitana de Curitiba, afirmar que o sistema corre risco de entrar em colapso, por causa da redução de passageiros que chega a 75%, a Setransp – Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana divulga nota oficial solicitando a criação de plano para socorrer o setor.
A alegação é a mesma de várias cidades brasileiras: a queda de demanda ameaça colapso do serviço.
Na nota divulgada nesta sexta-feira, 03 de abril de 2020, o Setransp afirma que o impacto econômico à esteira do coronavírus já afeta de maneira brutal o transporte coletivo de Curitiba, “a ponto de inviabilizá-lo se não houver socorro financeiro dos poderes públicos”.
A nota reforça o posicionamento de Lessandro Zem, que preside a Metrocard, ao afirmar que as empresas de ônibus obtêm receita para operar por meio da cobrança da passagem, mas com a queda de passageiros na faixa de 75%, “não há recursos para fazer frente a todos os custos do sistema, como pessoal, combustível, financiamentos, peças, impostos”.
A nota cita o ofício enviado pela Frente Nacional de Prefeitos ao presidente Jair Bolsonaro, em que alerta para o descompasso entre oferta e demanda e pede investimentos para evitar o colapso no serviço de transporte público.
“Não há dúvidas de que todos os negócios serão negativamente afetados. Mas é fundamental que o poder público priorize os serviços essenciais, caso do transporte coletivo”, continua a nota.
“As empresas de ônibus de Curitiba estão em contato permanente com a Prefeitura e Urbs para, em conjunto, achar o quanto antes uma solução para o problema”, encerra o comunicado.
Leia na íntegra:
Empresas de ônibus pedem criação de plano para socorrer o setor
Queda de demanda ameaça colapso do serviço
O impacto econômico à esteira do coronavírus já afeta de maneira brutal o transporte coletivo de Curitiba, a ponto de inviabilizá-lo se não houver socorro financeiro dos poderes públicos.
As empresas de ônibus obtêm receita para operar por meio da cobrança da passagem. Com queda de passageiros na faixa de 75%, não há recursos para fazer frente a todos os custos do sistema, como pessoal, combustível, financiamentos, peças, impostos.
Essa dificuldade é nacional. A Frente Nacional de Prefeitos enviou ofício à Presidência da República em que alerta para o descompasso entre oferta e demanda e pede investimentos para evitar o colapso no serviço de transporte público.
Não há dúvidas de que todos os negócios serão negativamente afetados. Mas é fundamental que o poder público priorize os serviços essenciais, caso do transporte coletivo.
Aliás, são os ônibus que vão garantir a movimentação de profissionais dos outros serviços essenciais e daqueles que precisam se deslocar para chegar ao posto de saúde, à farmácia e ao supermercado.
É urgente, portanto, que os poderes públicos criem um plano de socorro ao setor a fim de impedir o colapso do serviço. As empresas de ônibus de Curitiba estão em contato permanente com a Prefeitura e Urbs para, em conjunto, achar o quanto antes uma solução para o problema.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes