Espetáculo “Eu sou Aninha…” estreia dia 28 de setembro, às19h, e marca o encerramento de oficina realizada com alunos da rede pública
Uma noite especial aguarda os moradores de Paulínia e região no sábado (28). A partir das 19h os alunos da E. E. Padre José Narciso Vieira Ehrenberg e outras apresentarão o espetáculo “Eu sou Aninha…”, na própria escola. A peça teatral marca o encerramento do projeto “Oficina de Teatro de Bonecos 3”, é gratuita, aberta ao público e contará com medidas de acessibilidade física e de conteúdo.
A peça é resultado da pesquisa e esforço dos cerca de 100 alunos participantes do projeto, durante dois meses. As aulas tiveram início em 5 de agosto e ocorreram na sede da ONG Rainha do Engenho. Realizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), Pronac 237695, o projeto teve a coordenação da Bushido Produções e a coprodução com a Cia. Articulação e apoio da Associação Rainha do Engenho. O patrocínio é da Lubrizol.
“A Lubrizol entende que seu papel é contribuir para o pleno desenvolvimento e inclusão das pessoas na sociedade, e contribuir com projetos que causem um impacto positivo na comunidade onde trabalhamos e vivemos. Por isso escolheu mais numa vez o teatro, como uma das formas de envolver estudantes da comunidade com a educação e cultura, trazendo oportunidades para essas crianças e famílias”, afirma Gilmara Moraes, responsável pela área de Responsabilidade Social da Lubrizol no Brasil.”
Livremente inspirado na vida e obra de uma das maiores poetas brasileiras, a goiana Cora Coralina. Michel Sousa assina o roteiro e direção do espetáculo e, por meio do universo mágico do teatro de bonecos, busca comunicar o olhar delicado, íntimo e cotidiano da poesia coraliniana. A dramaturgia percorre as diferentes faixas etárias da escritora, compartilhando suas experiências desde a infância até a velhice, período o qual retoma a produção de doces de suas tias e avós e assume sua identidade de poeta.
Durante as aulas os estudantes participaram de jogos teatrais, pesquisas, desenhos, construção de bonecos, figurinos e adereços. “Os alunos tiveram muita garra e talento, comprovando a importância de projetos com foco nas escolas e na comunidade”, comentou Guilherme Aragão, coordenador geral do projeto.
Cora Coralina
Aninha, a menina feia e desajeitada da Casa Velha da Ponte, nasceu na cidade de Goiás, antiga Villa Boa de Goyaz, filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e Jacinta Luísa do Couto Brandão. Foi criada às margens do Rio Vermelho, em uma casa comprada por sua família no século 19. Teve sua vida marcada por sofrimento e dificuldades, entretanto, encontrou acolhimento num lugar livre de preconceitos – a leitura e a escrita, e aos 15 anos de idade teve seu primeiro conto publicado.
Em sua cidade havia muitas moças com o nome de Ana, então Ana Lins dos Guimarães Peixoto (Aninha) cria o pseudônimo Cora Coralina. Mas sempre será Ana, como afirma no início de “Minha Cidade”, um de seus mais famosos poemas: Goiás, minha cidade… / Eu sou aquela amorosa / de tuas ruas estreitas, / curtas, / indecisas, / entrando, / saindo / uma das outras. / Eu sou aquela menina feia da ponte da Lapa. / Eu sou Aninha.
Serviço
Espetáculo “Eu sou Aninha…”
Sábado, 28/9 | 19h
Escola Estadual Padre José Narciso Vieira Ehrenberg
Rua Campos Sales, 350 – João Aranha, Paulínia
Espetáculo gratuito e acessível, livremente baseado na vida e obra de Cora Coralina