Serão aproximadamente 17 mil funcionários da Refinaria e das contratadas; a área da Refinaria terá 18 postos de vacinação, que funcionarão 24 horas
A partir desta quinta-feira, 15, as equipes de Vigilância Epidemiológica de Paulínia, do Estado de São Paulo e da União realizarão uma vacinação em massa, indiscriminada, para aproximadamente 17 mil trabalhadores da Refinaria de Paulínia – Replan, com a vacina polissacarídica contra Meningite A e C. Serão 18 postos espalhados pela área da Refinaria, que vão trabalhar 24 horas. Ao todo serão 72 pessoas, sendo 4 pessoas por equipe, além de enfermeiras e supervisão. A expectativa é que em dois dias todos os funcionários sejam vacinados. As doses foram disponibilizadas pelo Ministério da Saúde.
“Desde a ocorrência do primeiro caso foram tomadas as medidas de controle, e a quimioprofilaxia dos comunicantes íntimos e de trabalho foi realizada oportunamente. Entretanto, os casos não estão relacionados entre si, a não ser pela área física – um caso não é secundário do outro e não se identifica fonte comum de contágio -”, explica a diretora de Vigilância em Saúde de Paulínia, Eunice Retroz Bernardes.
Até o momento são cinco casos confirmados laboratorialmente para Meningo C entre os adultos, todos da Refinaria, com 1 óbito. Dois casos confirmados de crianças de Cosmópolis (um óbito) cujos parentes trabalham na Replan, no mesmo local onde ocorreram a maioria dos casos. Dois casos (uma criança e um adulto) com hipótese de Doença Meningocócica continuam em investigação, mas as medidas de controle já foram realizadas.
A partir do quadro apresentado, técnicos do Município, do Estado e da União indicaram a vacinação contra Meningo C, caracterizando-se que o risco de transmissão não se estenda ao município de Cosmópolis ou de Paulínia.
No início deste ano a Replan recebeu aproximadamente 5.500 trabalhadores de várias partes do país para a “parada” de manutenção em algumas de suas unidades. Muito destes trabalhadores vem de áreas onde não circula o Meningococo C, sendo, portanto mais susceptíveis de contrair a doença.
O que é a Meningite?
A meningite é uma inflamação das meninges, cujas membranas envolvem o encéfalo (cérebro, bulbo e cerebelo) e a medula espinhal. Em geral, caracteriza-se por febre alta, cefaléia e rigidez da nuca, sintomas comuns principalmente em crianças maiores e adultos. Podem desenvolver-se em dois dias ou apresentar-se em poucas horas. Destacam-se entre outros sinais e sintomas, vômitos, recusa alimentar, sonolência, irritabilidade e convulsões, principalmente em recém-nascidos e lactentes.
Vale ressaltar que a meningite pode ser causada por diferentes agentes como bactérias, vírus e fungos. As meningites bacterianas constituem grave problema de saúde pública em função da sua alta morbimortalidade e seqüelas, atingindo notadamente crianças e adolescentes. A transmissão ocorre pela tosse e/ou espirro, através de gotículas eliminadas pelo trato respiratório.
Dentre as bactérias, as mais comuns são Neisseria meningitidis (meningococo), Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e Streptococcus pneumoniae(pneumococo).
A Doença Meningocócica (DM) causada pela Neisseria meningitidis, apresenta incidência endêmica e epidêmica no mundo inteiro. É uma doença comum em climas temperados e tropicais, com casos esporádicos durante todo o ano nas áreas rurais e urbanas, com aumentos sazonais no inverno e início da primavera. Apresenta incidência significativa nos menores de 5 anos e pode manifestar-se de várias formas de acordo com o quadro clínico. Os sorogrupos mais freqüentes são o A,B e C.
A imunização ativa com as vacinas de polissacarídeos dos sorogrupos A e C, já demonstrou excelentes resultados como uma das medidas de controle de epidemias em outros países e, em nosso meio, na epidemia ocorrida na década de 70. Atualmente já temos disponível a vacina conjugada contra o meningococo C, que pode ser aplicada em crianças a partir dos 2 meses de idade e também com elevada eficácia.
Informações: Assessoria Prefeitura Paulínia
Crédito Foto: Petrobras