A dengue está sob vigilância constante em Paulínia. O índice médio de infestação de larvas do mosquito está menor que 1, o que representa um bom controle da população de mosquitos transmissores da doença. Mesmo assim a Secretaria de Saúde de Paulínia vem promovendo treinamento sobre dengue para profissionais de enfermagem da rede pública e privado, e com participação da equipe de combate a dengue da Vigilância Epidemiológica do município, visto que os indicadores de anos anteriores na região de Campinas e no estado de São Paulo apontam para uma grande epidemia neste verão.
O treinamento sobre dengue foi ministrado pelas enfermeiras Maria Ângela Fernandes Colucci e Carmen Adriana Capecci, ambas da Vigilância Epidemiológica, e pelo farmacêutico e bioquímico, Luiz Augusto dos Santos, do laboratório do Hospital Municipal de Paulínia (HMP).
No dia 2 dezembro, a enfermeira Maria Ângela Fernandes Colucci, abordou a “prevenção e cuidados com a dengue” para funcionários da administração e setor de obras da empresa Galvão Engenharia. Já no dia 3, os profissionais de enfermagem da rede pública e privada e a equipe de combate a dengue do município de Paulínia receberam treinamento sobre “dengue: um desafio para saúde pública” na UBS São José da enfermeira Carmen Adriana Capecci e do farmacêutico e bioquímico Luiz Augusto dos Santos.
Durante o treinamento para os profissionais de saúde foi mostrada a situação epidemiológica da dengue no estado de São Paulo e Paulínia. O objetivo do treinamento foi intensificar a vigilância frente aos sinais, sintomas, anamnese, exame físico, diagnóstico diferencial, protocolo de atendimento, enfatizando os sinais de alarme e sinais de choque. O bioquímico Luiz Augusto apresentou o exame teste rápido, adquirido pelo município de Paulínia, onde diagnostica se o paciente está com a doença. Mesmo sendo realizado o teste rápido a sorologia para dengue deverá ser realizada.
De acordo com a médica sanitarista e diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Eunice Retroz Bernardes, a Secretaria Municipal de Saúde vem intensificando as ações de prevenção na cidade além de manter o trabalho de rotina dos agentes e os mutirões da dengue, que são realizados anualmente. “Os cuidados nessa época do ano, caracterizada pelo clima quente e chuvoso, são voltados para as ações educativas e para a operação quintal limpo, que recolhe materiais inservíveis, que possam acumular água e servir para criação de mosquitos”, explica a médica.
Conforme a enfermeira Maria Ângela Fernandes Colucci, esse não é um momento adequado para realizar a pulverização de inseticida no entorno dos domicílios, o antigo “fumacê”, que só deve ser feito quando há suspeita de transmissão da doença no município, visando eliminar os mosquitos adultos infectados do local. “Temos casos de dengue o ano inteiro, mas a aplicação de inseticidas só é indicada quando não se consegue bloquear a transmissão, pelo grande número de doentes ou por infestação de mosquitos contaminados, quando todas as outras medidas de controle não surtiram efeito”, afirma.