
Mães de crianças com deficiências ou transtornos do neurodesenvolvimento enfrentam desafios únicos em relação à maternidade convencional, que muitas vezes são invisíveis para aqueles que não estão diretamente envolvidos.
A luta é diária para garantir que seus filhos tenham acesso a tratamentos, terapias e cuidados especiais, bem como por inclusão social e escolar, direitos e representatividade. É uma batalha constante que muitas vezes é solitária, exaustiva e frustrante, mas que também é cheia de amor e dedicação incondicional.
Elas querem que seus filhos sejam capazes de participar plenamente da vida social, sem enfrentar barreiras ou preconceitos. Isso inclui desde o acesso a espaços públicos, como parques e shoppings, até o direito a uma educação inclusiva e adaptada às suas necessidades.
Elas querem também que seus filhos sejam vistos como indivíduos únicos e valorizados por suas diferenças, não marginalizados ou estigmatizados por elas. A representatividade é importante não apenas para a autoestima e a identidade das crianças, mas também para a conscientização e a empatia da sociedade em geral.
O sistema de saúde, a educação e as políticas públicas muitas vezes não são adequadas às necessidades de crianças atípicas, o que pode tornar a batalha ainda mais difícil e injusta.
É por isso que a luta por direitos e representatividade é tão importante. Essas mães estão fazendo muito mais do que simplesmente cuidar de seus filhos – elas estão lutando por uma sociedade mais justa, inclusiva e humana. É fundamental que elas sejam ouvidas, valorizadas e respeitadas em suas demandas, para que possam continuar a lutar pelos direitos de seus filhos e de todos aqueles que enfrentam barreiras e dificuldades similares.
Por fim, é importante ressaltar que a maternidade atípica é uma jornada de amor, resiliência e aprendizado constante. Elas merecem todo o respeito, apoio e admiração da sociedade como um todo.
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André Luís de Oliveira – Pai da Giulia, Coordenador do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos no Paulínia Racing e Conselheiro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
@profandreoliveira