Foram feitos inúmeros questionamentos relacionados à segurança à Viação Flama, operadora do serviço
O vereador Danilo Barros (PL) questiona a Viacão Flama Transportes, Turismo e Locacão Ltda., do Grupo Passaredo, sobre a manutenção da frota de ônibus urbano da cidade. O requerimento 560/2019 foi apresentado e aprovado na sessão da Câmara Municipal de Paulínia do dia 3 de setembro.
Barros pergunta se os ônibus têm passado por revisão, qual a periodicidade da realização dos serviços e se os responsáveis pela realização da manutenção são mecânicos profissionais e certificados. Outro questionamento diz respeito aos procedimentos tomados pela empresa quando um veículo da frota apresenta falha mecânica. O vereador questiona se os carros passam por um período de testes, mais específico, ou se a empresa os reintegra à frota rapidamente.
Segundo o vereador, a iniciativa tem relação com casos recentes e recorrentes de ônibus parados no meio do trânsito, por quebra de peças ou pneu furado. “Recentemente, um dos ônibus que faz a linha Leonor ficou sem freio e teve que parar em uma árvore, antes que atingisse mais velocidade. Isso causa bastante prejuízo, atrapalha o trânsito, a vida das pessoas e pode causar acidentes ainda mais graves”, justifica.
Já na indicação 927/2019, o vereador sugere à empresa a disponibilização de ônibus maiores para atender moradores dos bairros João Aranha e Cooperlotes. Segundo Barros, muitos passageiros reclamam que os assentos hoje são insuficientes frente à demanda nos dois bairros.
Sem controle
Uma equipe da vice-presidência do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Campinas e Região esteve no Rodoshopping de Paulínia, no final do mês de agosto, e verificou diversos trabalhadores da Viação Flama esgotados, devido às reclamações diárias dos usuários pela demora das linhas, muitas delas agressivas. “Nós conversamos com funcionários que estavam visivelmente estressados, nervosos, muitos relatando que estão adoecendo por conta do estresse, devido às reclamações contínuas dos usuários, e que a empresa não toma providências”, ressaltou o vice-presidente da entidade, Izael Soares de Almeida.
Muitos contaram, conforme o sindicalista, que, pelo fato de não haver fiscalização por parte da prefeitura, eles percebem que as reclamações só aumentam e se intensificam, afetando a qualidade de vida de motoristas e cobradores que estão em contato com o público diariamente. “A empresa não possui estudo para verificar se o número de carros nas linhas realmente atende a população nos bairros, se há necessidade de mais ônibus, enfim, não há um planejamento nem controle (da prestação do serviço)”, garantiu Almeida à época.
Tanto a prefeitura de Paulínia quanto a Viação Flama foram mais uma vez questionadas sobre a manutenção e fiscalização da frota do transporte urbano, mas não responderam até o fechamento desta edição. A reportagem também questionou mais uma vez a prefeitura a respeito das denúncias de alguns motoristas e cobradores da Viação Flama, sobre o estresse causado pelas reclamações constantes dos usuários e sobre a acusação de falta de fiscalização dos serviços prestados pela Viação Flama, mas, novamente, a assessoria de imprensa da prefeitura de Paulínia não respondeu os questionamentos.
