
Empresa fala em redução das atividades de até 95%
ADAMO BAZANI
A Viação Águia Branca, com sede no Espírito Santo, confirmou ao Diário do Transporte por meio de nota no início da tarde desta segunda-feira, 06 de abril de 2020, que demitiu 197 trabalhadores por causa da queda de demanda de passageiros.
Segundo nota da empresa, 92 trabalhadores contratados de forma temporária para a alta temporada de início e fim do ano, e 105 funcionários foram desligados.
A empresa diz que a redução na quantidade de passageiros foi na ordem de 95% nas linhas interestaduais e de mais de aproximadamente 90% nas linhas intermunicipais no Espírito Santo.
A Viação Águia Branca informa que após o fim do período de alta temporada, em que amplia a quantidade de horários de viagens, um grupo de 92 colaboradores temporários, contratados para aquele período específico, foi desligado.
Além desse fato, desde o início da pandemia do Coronavírus (Covid-19), nossas operações foram sendo gradativamente suspensas em todo país chegando a uma redução de 95%. No Espírito Santo, nas linhas intermunicipais, estamos rodando com menos de 10% de nossa operação devido à queda muito significativa do volume de passageiros. Neste cenário, houve a necessidade de um ajuste adicional, o que demandou outros 105 encerramentos de contratos de trabalho.
A Viação Águia Branca esclarece que não está medindo esforços para preservar os seus postos de trabalho, na expectativa de que, assim que a situação permitir, possa retomar gradativamente suas operações nos nove estados brasileiros.
É a segunda grande empresa de transportes do Espírito Santo de atuação nacional a realizar um alto número de demissões.
Como mostrou o Diário do Transporte em primeira mão, a Viação Itapemirim anunciou cortes de 497 funcionários, uma parte pelo o processo de reestruturação no plano de recuperação judicial e outra pela demanda reduzida.
Relembre:
O Diário do Transporte mostrou também que a Abrati, associação que reúne as empresas de ônibus rodoviárias, estimou um prejuízo acumulado de R$ 2,8 bilhões por causa da queda de demanda e pede apoio do Governo Federal para evitar mais de 30 mil demissões no setor.
Relembre:
Como não há vacina contra o novo coronavírus, que ocasiona a Covid-19, doença que teve origem na China; não há um remédio com eficácia comprovada plenamente e com o risco de saturação dos sistemas de saúde pública e privada; a OMS – Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde sustentam que a arma mais eficaz é o isolamento social.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes