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Alienação Parental: Um Mal Invisível que Devasta Infâncias

Alienação parental é um termo utilizado para descrever a interferência de um dos pais na relação da criança com o outro genitor, de forma negativa e proposital. Esse comportamento pode incluir a desqualificação do outro pai ou mãe, impedimentos de visitas, e a criação de uma imagem negativa e hostil. A alienação parental é um fenômeno complexo que pode causar graves consequências emocionais e psicológicas para a criança.

Os impactos sobre as crianças são profundos e duradouros. Elas podem desenvolver sentimentos de rejeição, ansiedade, depressão e baixa autoestima. O relacionamento prejudicado com o genitor alienado pode levar à perda de um importante vínculo afetivo, resultando em dificuldades de socialização e problemas de confiança. Além disso, a criança pode carregar traumas emocionais para a vida adulta, afetando suas futuras relações.

A legislação brasileira reconhece a gravidade da alienação parental. A Lei nº 12.318, de 2010, define e penaliza atos de alienação parental, permitindo que medidas legais sejam tomadas para proteger os direitos da criança. Entre essas medidas, destacam-se o acompanhamento psicológico, a advertência ao genitor alienador e, em casos extremos, a mudança da guarda. O principal objetivo é assegurar o bem-estar da criança, promovendo um ambiente saudável e equilibrado para seu desenvolvimento.

Os pais e responsáveis devem estar atentos aos sinais de alienação parental e buscar ajuda profissional ao menor indício. É fundamental priorizar o bem-estar da criança, mantendo um relacionamento respeitoso e colaborativo com o outro genitor. Lembrar que, independentemente das divergências entre os adultos, a criança tem o direito de conviver e amar ambos os pais. Construir um ambiente de respeito mútuo é essencial para o desenvolvimento saudável e feliz das nossas crianças.

Combater a alienação parental é uma responsabilidade de toda a sociedade. Protegendo as crianças dessa prática prejudicial, estamos garantindo a formação de indivíduos mais saudáveis, seguros e felizes, que poderão construir relações baseadas em amor e respeito.

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André Luís de Oliveira

Pai da Giulia, Coordenador do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos no Paulínia Racing e Conselheiro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

@profandreoliveira