O esgotamento materno pode levar a uma série de problemas, incluindo a exaustão física, falta de motivação, problemas de saúde mental e dificuldades de relacionamento com os filhos. Como resultado, a qualidade do cuidado que a mãe é capaz de fornecer pode ser comprometida.
De acordo com ARPEN (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais), no Brasil, cerca de 470 crianças são registradas sem o nome do pai por dia. Entre os anos de 2016 e 2021, 859.3 mil crianças foram registradas nessas condições e esses números só vem aumentando.
Outro dado que assusta é o do Instituto Baresi que mostra que cerca de 78% dos pais abandonaram as mães de crianças com deficiências e doenças raras, antes dos filhos completarem 5 anos de vida.
Sabemos também que em famílias de composição Pai e Mãe, na maioria das vezes, fica sobre a mulher a grande responsabilidade de educar, alimentar, brincar, cuidar, proteger e ensinar trazendo uma sobrecarga e um esgotamento a médio e longo prazo.
Fortalecer as mães significa oferecer apoio e recursos que ajudem a aliviar a carga emocional e física associada à maternidade. Isso pode incluir acesso a cuidados médicos, e de saúde mental, programas de suporte à família e opções de trabalho flexíveis. Além disso, garantir que as mães tenham tempo para si mesmas, para recarregar as energias e cuidar de sua própria saúde é fundamental para evitar o esgotamento.
A ideia da “supermãe” com o objetivo de sobrecarregá-las deve ser combatido. As mães não têm a obrigação de dar conta de tudo sozinhas.
Importante destacar que existe uma infinidade de composições familiares e que a responsabilidade de cuidar da criança é de todos os envolvidos. Mães solo, pais e mães homoafetivos, avós, cuidadores. Todos têm o direito de também serem cuidados.
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Pai da Giulia, Coordenador do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos no Paulínia Racing e Conselheiro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
@profandreoliveira