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Bonavita critica Saúde de Paulínia

 Texto: Vera Leão/ Jornal Tribuna

O vereador Francisco Almeida Bonavita de Barros (PMDB) ocupou a Tribuna Livre e questionou as ações da administração nas áreas da saúde, habitação, segurança e educação

“Tenho conversado muito com a população, e eles sempre reclamam da dificuldade para marcar consultas e exames”, comentou também o vereador Gustavo Yatecola
 
A administração da Saúde pública em Paulínia foi alvo de um ataque fervoroso durante a sessão ordinária desta terça-feira, dia 26, na Câmara de vereadores. O vereador Francisco Almeida Bonavita de Barros (PMDB) ocupou a Tribuna Livre e entre outras coisas, questionou: “Será que nós somos tão incompetentes que ao longo de 20 anos não conseguimos resolver um problema dessa natureza na nossa cidade e vamos voltar na próxima eleição e falar a mesma coisa para os munícipes?”, perguntou Bonavita e acrescentou: “Eu não consigo mais responder ao povo que o problema é que vem muita gente de fora”. De acordo com ele, durante as últimas campanhas eleitorais é sempre interrogado pelos munícipes sobre a situação do atendimento precário do Hospital Municipal de Paulínia e a resposta é sempre a mesma, diz que o maior problema é que Paulínia atende também outros municípios e isso acaba prejudicando o morador da cidade. O vereador pontuou como prioridade a Saúde, mas mencionou também como problemas a Segurança Pública, Habitacional, Educação (vagas em creches) e disse que o governo está sendo incompetente nessas áreas, mas em relação a saúde, a dificuldade é mais grave. “Passados dois anos desse governo que faço parte, algumas questões que nos comprometemos com o povo, continua do mesmo jeito ou até pior. Não há dúvidas que recentemente namoramos as instalações do Hospital Municipal da nossa cidade que causa inveja a muitos prédios modernos e particulares da iniciativa privada, nossa preocupação é que não basta só o prédio precisa ter conteúdo para atender o nosso povo, médicos, enfermeiros, para que o povo seja bem atendido”, reclamou.
Bonavita considerou ainda a falta de medicamentos básicos nas UBS (Unidades Básicas de Saúde), segundo contou, ele visitou nos últimos dias, o posto de saúde do Monte Alegre e viu que falta o medicamento omeoprazol, no posto do Planalto falto o dipirona, e também outro remédio para os pacientes com câncer de próstata.
Muito indignado, o vereador finalizou reclamando também da falta de “agenda” do prefeito José Pavan Júnior (DEM) para recebê-lo. “Até gostaria de fazer esse relato que estou fazendo aqui para ele próprio (para o prefeito), pois ele tem poder muito maior que a Câmara de Vereadores para resolvê-los, mas infelizmente, já estamos findando o segundo ano de governo e tive apenas uma meia conversa com o prefeito em junho do ano passado e nunca mais fui recebido, acho que eu poderia e tenho condições de contribuir para a administração, mas a agenda dele é muito cheia e complicada e eu não consigo ser recebido”, concluiu.
Também o vereador Custódio Campos (PT) se manifestou sobre o assunto, disse que a Saúde tem sido a campeã de reclamações nesse governo e que pela infraestrutura do setor, não era para acontecer essas reclamações, esse “caos instalado”, disse ele. “Pelos números de profissionais, médicos e enfermeiros, em relação a população paulinense, seriam o suficiente, de acordo com o que recomenda a Organização Mundial da Saúde. Então tem alguma problema aí que é grande, e creio que seja de gerenciamento”, opinou. Custódio também falou da falta de medicamentos, e de uma publicação no Semanário Oficial que informou o valor pago por remédios neste ano pela Prefeitura de Paulínia, segundo ele, R$ 8 milhões de reais para aquisição de aproximadamente 300 denominações. “Não era para faltar medicamento, R$ 8 milhões é um valor que Campinas que é uma cidade muito maior de Paulínia compra por ano”, informou o petista.
O vereador Gustavo Yatecola (PSDC) também se manifestou sobre o assunto e disse que alguma coisa precisa ser feita na área da Saúde, pois ele tem recebido diversas reclamações dos munícipes, principalmente porque a agenda para conseguir uma consulta é muito lotada e os pacientes precisam aguardar meses.  “Tenho conversado muito com a população, e eles sempre reclamam da dificuldade para marcar consultas e exames”, comentou Yatecola.
Para tentar uma solução para o problema, o vereador Marquinhos da Bola (PTB), líder de governo na Câmara, ficou de agendar uma reunião com o prefeito o mais breve possível. “Tenho certeza que o prefeito vai nos atender”.     
Na segunda parte da sessão, 23 projetos de lei foram aprovados, entre eles, o 97/10 que trata das contribuições previdenciárias do município ao regime próprio de previdência social do município de Paulínia, o Pauliprev.