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Capacitar para desenvolver – Sami Goldstein

A pandemia da Covid-19 impôs, de forma drástica e repentina, mudanças no mercado de trabalho. Tendências que vinham sendo implementadas gradativamente passaram a funcionar literalmente da noite para o dia. Não houve tempo para laboratórios. Os acertos pontuais ficaram para o dia-a-dia por questões de sobrevivência. Empresas e profissionais precisaram se reinventar. Reinvenção que, de momentânea, virou constante. Novas ferramentas, novas metodologias e novas formas de trabalho fizeram com que Charles Darwin mais uma vez tivesse a razão: os indivíduos mais bem adaptados a determinada condição do ambiente são favorecidos por possuírem mais chances de sobreviver. A famosa seleção natural. E a lei da sobrevivência no âmbito empresarial está cada vez mais selvagem e seletiva. Para a Executiva em Recursos Humanos Andrezza Kamawati, em junho de 2020 – quando sequer sabíamos aonde a pandemia nos levaria -, “nós, enquanto profissionais, temos observado o impacto da reinvenção no mercado de trabalho atual, que ainda deverá passar por mais mudanças quando o cenário voltar à normalidade. Características antes listadas como sendo dos “profissionais do futuro”, estão sendo desafiadas para o momento: criatividade, trabalho em equipe, foco, organização, criatividade, resolução de problemas complexos, todas agora aceleradas e intensificadas diante do cenário atual. O futuro do trabalho chegou e exige capacitação”. O futuro chegou antes da hora. E, passados quase dois anos dessa fala, ainda não voltamos à normalidade. Longe disso…

Para as empresas, os desafios foram muito bem descritos pela empresária Luiza Helena Trajano no Interactive Retail Trends – Pós-NRF, evento promovido pela consultoria para o varejo Gouvêa Ecosystem, na última terça-feira, dia 1º. Para ela, “as empresas precisam inovar, entrar em contato com o consumidor, estar atentas ao seu time de vendedores. Acho que é o que se exige mais do que nunca em um mundo pós-Covid”. Ela defendeu a inovação e o empreendedorismo como fatores a superar os percalços macroeconômicos do país. Para Trajano, os principais desafios para quem ganhar a próxima eleição presidencial em 2022 serão trazer “desenvolvimento econômico do país”, com foco na geração de empregos, e a diminuição da desigualdade social. “Vai ser um desafio para qualquer um deles que venha a vencer”, concluiu. E desenvolvimento econômico é a somatória dessas variáveis: políticas públicas de fomento ao empreendedorismo, forte trabalho focado na geração de renda e empregos e constante combate às desigualdades, sejam elas quais forem. Para isso, só há uma receita: capacitação!