
Ao lado de secretários e aliados políticos, prefeito de Paulínia foi vaiado e questionado sobre a reforma do local
Na sexta-feira, dia 25, as obras da reforma do Cemep (Centro Municipal de Ensino Profissionalizante de Paulínia) foram oficialmente finalizadas e entregue aos estudantes. No intuito de incluir mais uma ‘tarefa cumprida’ em seu governo, o prefeito de Paulínia, José Pavan Junior, marcou a solenidade de inauguração para horário escolar, e, insatisfeitos, os alunos protestaram com vaias e nariz de palhaço.
Em um palco improvisado e diante de um público de dezenas de alunos e professores, o chefe do Executivo paulinense fez seu pronunciamento valorizando a área da Educação da cidade e, contrariados, os alunos matriculados nos cursos de Técnico de Informática e Administração iniciaram o protesto. Uma aluna, que estava na plateia e fez questão de se pronunciar, disse que os alunos estavam insatisfeitos pela maneira como a atual administração os trataram nos últimos anos. Ela relembrou os transtornos que sofreu quando a escola foi transferida, em 2011, para o prédio da São Marcos, localizado em baixo da arquibancada do Sambódromo do Parque Brasil 500. “Perdemos vários dias de aula por causa dos eventos que aconteceram lá e isso prejudicou o nosso rendimento escolar”, disse.
Outro questionamento foi referente ao fato das crianças do ensino fundamental ocuparem o mesmo prédio que eles e se tornarem a referência da reforma. Rebatendo a informação de que as obras eram destinadas aos alunos do Ensino Médio, uma aluna disse “que os bebedouros, por exemplo, são de criança”. Diante dos alunos e a tratando-a de modo irônico, Pavan Júnior afirmou “que para o seu tamanho, está muito bom”. A aluna disse que sentiu humilhada perante aos colegas de escola.
Transferência
No início do ano passado, os alunos do Cemep foram transferidos de seu antigo prédio na Vila Bressane, onde funcionava há mais de 20 anos, para o prédio da São Marcos, universidade que funcionava em baixo das arquibancadas do Sambódromo. Na época, a transferência gerou polêmica porque o local não era apropriado para os 240 alunos do ensino médio: havia carteiras e cadeiras jogadas, livros em locais desprotegidos da chuva, telhado com goteiras, salas reduzidas e ainda uma quadra de esportes improvisada no asfalto.
Os alunos ainda tiveram as aulas interrompidas por oito dias, no mês de setembro, por causa da realização do Paulínia Arena Music (PAM) no local. Outro evento, o SWU, realizado em novembro, também fez que com as aulas fossem interrompidas. Depois de tantos transtornos, a administração resolveu devolver o prédio aos alunos do Cemep, mas agora eles dividem o espaço com as crianças do ensino fundamental (2º ao 4º ano).