Na última terça-feira, 26, veio à tona uma grave denúncia envolvendo as cestas básicas, com irregularidades quanto a prestação deste tipo de serviço. Tudo porque o comerciante Roldão de Oliveira Neto, 56 anos, proprietário de um mercado no João Aranha, e responsável pela distribuição das cestas começou a passar por perseguição, após constatar algumas irregularidades.
O comerciante conta que foi contratado por uma empresa de São Paulo, encarregada de montar os kits, para realizar a entrega na cidade. Após algum prestando esse tipo de serviço, ele começou a receber reclamações de moradores que o procuravam em seu estabelecimento comercial para trocar alguns dos produtos, pois os mesmos estariam vencidos, e os beneficiados pelo serviço achavam que ele seria o responsável pela troca.
Diante dessas constantes reclamações, Roldão procurou pela Administração e comunicou o ocorrido, quando recebeu a informação de que a mesma não tinha a responsabilidade dos produtos vencidos e era para ele continuar a distribuição. No entanto, em outra oportunidade a Prefeitura chegou a interditar o lote, mas a empresa de São Paulo prosseguiu com a entrega das cestas.
E as reclamações continuaram. Quando ele entrou em contato com os responsáveis pela empresa paulistana, um funcionário disse que ele estava sendo prejudicado pelo fato de tê-lo contratado e ele estar causando problemas para a administração. Então ele disse que não estava “arrumando problemas”, mas sim tentando preserva-lo, pois ele não era o responsável pelas cestas atrasadas e estavam insinuando que ele seria o responsável pelas cestas.
Roldão ainda afirmou que teria investido R$ 250 mil na compra de caminhão, frigorífico, contratação de pessoas, entre outras melhorias em sua empresa para prestar o serviço, ainda com a promessa de conseguir prorrogar o contrato em até quatro anos. Mas sem receber pelos seus serviços, foi informado pela empresa de São Paulo que não iria mais prestar o serviço e que iriam retirar as cestas do barracão e colocar em outro.
Para tentar receber seu repasse financeiro, Roldão deixou as cestas guardadas em seu estabelecimento, quando no dia 26, a empresa paulista, com um mandado Judicial conseguiu reaver o estoque de cestas, que estava em poder do comerciante.
Ao procurar a Prefeitura e relatar o que estava acontecendo, Roldão recebeu a informação desta que a mesma não poderia ajudar em nada, pois era um acordo entre ele e a empresa de São Paulo, e que não poderiam interferir.
Ainda segundo o comerciante, enquanto esteve entregando as cestas básicas, ele chegou a distribuir em alguns bairros nobres de Paulínia, entre eles o Jardim Itapoan, fato que causou estranheza a ele, o que confirma que este não é um projeto que atende somente a população carente. Confiram as fotos que mostram o momento em que as cestas eram retiradas do prédio do comerciante, que acabou ficando ainda com o prejuízo financeiro, já que o mesmo não recebeu por seus serviços prestados.