Início Paulínia Corpus é impedida de retirar seus equipamentos do HMP

Corpus é impedida de retirar seus equipamentos do HMP

Funcionários disseram que sala onde guardavam os carrinhos e produtos foi invadida e outra empresa estaria usando seus materiais

O contrato entre a Prefeitura de Paulínia e a Corpus Saneamento e Obras Ltda para a limpeza e higienização do Hospital Municipal terminou nesta segunda-feira (15) e já foi alvo de polêmicas. Segundo denúncias de funcionários, a Corpus foi impedida de retirar seus equipamentos do local porque a nova empresa que assumiu o serviço estaria usando.

De acordo com os relatos recebidos pelo Jornal Tribuna, a empresa que atualmente é responsável pelo serviço, Única Limpeza e Serviços Ltda, chegou ao Hospital sem os materiais necessários e equipada apenas com vassouras, rodos e panos de chão.
“Como eles não tinham nada, uma funcionária pública teria invadido a sala onde guardamos os carrinhos e os produtos e deu para essa nova empresa usar. Hoje de manhã, [terça-feira, 16] quando chegamos para retirar os equipamentos e esvaziar a sala de limpeza, fomos impedidos de entrar. Não deixaram que pegássemos o que pertence a Corpus ”, disse um funcionário que preferiu não ser identificado.
A Guarda Municipal foi acionada e os diretores da Corpus lavraram o Boletim de Ocorrência.
Servidora envolvida
Uma trabalhadora recém-contrata da empresa Única disse ao Jornal Tribuna que foi escalada pela servidora pública Adriana Baron, que atualmente está lotada no setor da Saúde da Prefeitura Municipal de Paulínia. De acordo com ela, Adriana era a responsável na contratação das pessoas e já atuava nesta função desde o início do ano.
“Ela conversou comigo em janeiro e disse que seria jogo rápido, para eu providenciar meu currículo e entregar para ela lá na Prefeitura, na Secretaria de Saúde. Aí passou fevereiro, março e nada. Conversei com ela de novo e dessa vez deu certo. Ela que selecionou o pessoal da limpeza para trabalhar nessa empresa nova”, disse a funcionária que não quis revelar o nome.
De acordo com informações da Corpus, a funcionária pública também tentou intermediar uma aproximação entre os diretores das duas empresas para que a Única adquirisse informações sobre a rotina de trabalho dos funcionários da Corpus dentro do HMP. “Ela queria saber como era a rotina, o que cada funcionário fazia, queria saber sobre a equipe de limpeza e a dinâmica que adotamos para esse trabalho. Ela é quem se apresentou como porta-voz da Única e tentou intermediar isso”, disse o funcionário.
Funcionários do Hospital confirmaram ainda que foi a própria funcionária pública, Adriana Baron, quem teria invadido a sala e autorizado os funcionários da Única a utilizarem os equipamentos da Corpus.
O Jornal Tribuna não conseguiu localizar o secretário de Saúde, Cláudio Ernani Marcondes de Miranda, para falar sobre o assunto.