As bolsas oferecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) que estavam temporariamente sem uso foram retiradas do sistema da Capes, que é ligada ao Ministério da Educação.
Essas bolsas foram utilizadas por alunos que concluíram seus trabalhos recentemente, e seriam destinadas a novos bolsistas a serem aprovados em processos seletivos que foram concluídos, ou que estão em andamento. Ao menos 55 bolsas foram cortadas na Unicamp.
O critério adotado para os cortes foi, unicamente, a não utilização das bolsas no mês de abril, independente do motivo. Apesar de o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, ter afirmado que a área de humanas não é prioridade para investimentos federais, os cortes afetaram também bolsas nas áreas de exatas e biológicas.
A Unicamp afirma ter sido pega de surpresa pelos cortes, e afirma que não houve qualquer tipo de comunicação prévia por parte do Governo Federal. De acordo com a universidade, foram cortadas até bolsas que estavam vagas há apenas 15 dias e que aguardavam a abertura mensal do sistema da Capes para indicação do novo bolsista.
A Unicamp classificou a medida como insensata. As outras duas principais universidades estaduais ao lado da Unicamp, USP e a Unesp, também foram afetadas com os cortes.
O Valor mensal das bolsas pago a cada estudante é de R$ 1,5 mil no mestrado e R$ 2,2 mil no doutorado. A Capes sofreu um bloqueio de quase R$ 820 milhões, 19% do orçamento que estava autorizado.