Protetores foram entregues ao Hospital do município; profissionais da saúde e comunidade estiveram evolvidos no projeto
Atitudes de solidariedade e amor ao próximo têm feito diferença na vida de muitas pessoas durante o enfrentamento da covid-19. Um exemplo é o da terapeuta ocupacional de um ambulatório de Paulínia, Ana Cláudia Fidêncio, que decidiu contribuir com a jornada de outros profissionais que estão na linha de frente da doença.
Inspirada por iniciativas semelhantes desenvolvidas em vários lugares do país, Ana teve a ideia de juntar um pessoal para produzir protetores faciais, que funcionam como máscaras e evitam que os profissionais fiquem expostos ao vírus enquanto exercem suas funções. Até o momento, foram entregues 37 máscaras para o Hospital Municipal.
A ação contou com a ajuda do professor da escola de robótica CTRL Play, Flávio Ricardo Rodrigues, além de moradores que possuem impressoras 3D (equipamento onde os protetores são confeccionados), e contou com a colaboração de colegas de trabalho de Ana, como o coordenador Luis Fernando Avancini, que a liberou durante o horário de trabalho para que pudesse se dedicar ao projeto.
Com a ajuda da secretaria de saúde do município e do enfermeiro Renato Pastore, Ana conseguiu levantar a quantidade de máscaras que precisariam ser confeccionadas e para onde deveriam ser destinadas. “Cada um fez uma parte. Um fez a haste, outro fez a parte do acetato e eu fiquei responsável pela logística. A gente está com algumas máscaras também e estamos esperando as coordenadas da secretaria de saúde para ver onde tem mais demanda para poder distribuir”, reiterou.
Ana explica que a ação beneficiou muitos colegas que trabalhavam com ela e foram realocados em virtude da pandemia. “Antes eles trabalhavam no setor de fisioterapia e agora estão indo para hospital e essa medida também foi pensando neles, que estão expostos. A ideia é proteger o quanto pudermos os profissionais de saúde”, ressaltou.
UMA BOA AÇÃO DESENCADEIA OUTRA
Jonas Furlan é um dos moradores que contribuíram com o projeto. Após adquirir uma impressora 3D, ele buscou na internet grupos que estavam utilizando o equipamento como ferramenta para fazer o bem durante o período caótico que vive a humanidade. Foi quando ele conheceu Ana e se voluntariou para auxiliar na produção das máscaras.
“Confesso que ainda não sei qual a dimensão disso tudo. Comecei a produzir e foi quando entrei no grupo regional de WhatsApp daqui de Campinas, para direcionar e entregar as impressões para os hospitais da RMC, que conheci a Ana e ela me convidou para participar do grupo aqui na cidade. Aí foi impressão todo dia com mais alguns colegas que também possuem impressora 3D”, contou Jonas.
Após a distribuição das 37 máscaras, Ana Cláudia relata que o hospital de Paulínia também recebeu outra doação do material. Ela explica que a intenção era exatamente essa: incitar a solidariedade das pessoas e fazer com que uma boa ação leve a outra.
“Os moradores não só doaram materiais, doaram seu tempo para fazer as máscaras para os profissionais de saúde e doaram carinho, afeto e empatia. O projeto despertou essa solidariedade e responsabilidade social. Espero que após a pandemia possamos continuar nos colocando no lugar dos outros e ter uma sociedade mais comprometida com o bem estar de todos”, destacou.
Fonte: Letícia Leme | ACidadeON Campinas