A reportagem exibida no dia 7 de janeiro pela EPTV deixa claro o descaso da Prefeitura com os usuários da Saúde em Paulínia. Desta vez, a má administração de Pavan atingiu as pessoas portadoras do mal de Parkinson na cidade. A doença não tem cura e com o passar do tempo só piora a qualidade de vida da pessoa. Esse é um problema muito grave e a prefeitura não tem fornecido os remédios necessários para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.
Os medicamentos para mal de Parkinson estão em falta nas farmácias do município causando vários transtornos aos pacientes.
A aposentada Iris Sena Castro de Paulínia relatou a repórter Edileine Garcia que necessita dos medicamentos para controlar a doença há oito anos. Eles são fornecidos pelas farmácias de alto custo. Mas um deles está em falta em Paulínia o Prolopa. “Está fazendo quatro meses que a farmácia de alto custo não fornece”. Ela necessita de três caixas todo mês ao um custo de R$ 215,00, ficar sem o remédio desencadeia uma série de transtornos a sua saúde.
Uma outra moradora a dona Geni Cardoso Rosa diz que seu marido precisa de um outro remédio que também está em falta o Carbidopa + Levidopa. “Sem esse medicamento ele não pode sair de casa. É um medicamento que tem que ser usado todo dia”.
Na farmácia de alto custo duas funcionárias disseram à repórter que não havia previsão para a chegada dos medicamentos.
Prédio da UBS abandonado
Em outra reportagem também na EPTV o repórter André Natale foi até o bairro Jardim Planalto e lá constatou que nada mudou em relação ao prédio do antigo posto de Saúde abandonado (situação já denunciada pelo Jornal Tribuna em novembro). Depois do portão, o repórter encontrou o prédio mais deteriorado do que alguns meses atrás, com janelas quebradas, lixo espalhado na área do posto, além de vários frascos de plástico usados para drogas. O local também virou abrigo para um morador de rua. Um dos vizinhos, que não quis ser identificado, diz que há muita confusão durante a noite. “Usa droga, bagunça, briga. E a gente aqui corre o risco né, com eles aí. Vem muita gente à noite, tá abandonado, ninguém faz nada”.
Incêndio
Em novembro, dois usuários de drogas invadiram o prédio e atearam fogo no local. Como haviam vários papéis jogados no interior, entre eles antigos prontuários de pacientes, o fogo acabou se alastrando rapidamente, prejudicando a estrutura do local.
Para não esquecer: Péssimo atendimento denunciado pelo programa CQC
Em julho de 2012 o programa CQC da TV Bandeirantes esteve em Paulínia para constatar o péssimo atendimento e infraestrutura oferecidos à população.
Em frente ao Hospital Municipal, o repórter Oscar Filho entrevistou vários moradores, que tiveram problemas com os serviços na área da Saúde e outros que perderam pessoas próximas como a moradora Elisabeth Donizete de Oliveira perdeu sua irmã Rosângela Aparecida Garrido, 50 anos, que chegou a ir até o Hospital, porém morreu em frente a entrada do Pronto Socorro.
Elisabeth disse ao repórter do CQC, que em nota o Hospital afirmou que sua irmã não havia entrado no local, porém o relato do Guarda Patrimonial Roberto Carlos Messias, mostra que ele que viu a paciente sair do hospital e dirigir-se para o carro dela que estava em frente ao Pronto Socorro Municipal. Segundo ainda Roberto Carlos a paciente estava sozinha e minutos após a sua saída ele ouviu um barulho do lado de fora do Pronto Socorro, foi verificar o ocorrido e percebeu que a senhora havia caído no chão, quando ele mesmo pediu a ajuda da equipe dentro do hospital.
A família já entrou com um pedido no Ministério Público para que seja investigada a morte de Rosângela.
Assim que o repórter iniciou as entrevistas as denúncias não paravam de chegar, vários moradores aproveitaram para mostrar sua indignação com a má administração da cidade, que deixou a Saúde de Paulínia e o povo órfão de cuidados.